sábado, 3 de janeiro de 2009

CONTOS DO NINO -O CARRO VOMITO(ESCATOLOGICO)


Antes um alerta: se você não tem estomago forte não leia esse conto,pois ele é nojento.

Anos 80 ,da minha adolescência e do auge da descoberta do rock’n roll, época e acontecimentos que podiam muito bem ter servido de roteiro para um filme como Detroit rock city , por exemplo, uma turma de moleques que sonhavam em comer alguém mas estavam muito longe disso , embora montados em suas bicicletas voadoras tudo o que realmente sempre acontecia era se consolar com porres de cachaça com coca cola e demonstrar rebeldia indo para a aula com suas pastas de fecho rabiscadas a caneta com suas bandas prediletas.
As férias em Santa Catarina eram o auge do ano para mim ,os fins de semana eram o auge da semana e nesses dias em especial tudo podia acontecer,mas a tendência de dar merda era muito , mas muito grande.
Num desses finais de semana em questão rolou um badalado acontecimento familiar ,os 15 anos de minha prima Nany e era lógico que toda turma estaria lá para azucrinar e sugar o que pudessemos,eu, o Dal(meu famingerado e surreal primo),o Panelinha (saudoso companheiro daqueles lendários dias),o Jazzner e o meu irmão ,o Kako (dois caras de pau que anos mais tarde me acompanhariam em mais de 15 anos junto a uma banda de rock).
A festa rolou com tudo que tinha direito , tragoléu absoluto e absurdo , na época o Dal tinha um Fusca e a ordem inicial era roubarmos o maior numero de garrafas de cerveja e abarrotarmos o carro com isso para logo após irmos na direção de uma festa classe A na cidade vizinha e praieira de Jaguaruna.
Uns 35 kilometros nos separavam da praia da Jagua ,via br 101 e a uma via que levava ao centrinho da pacata city ,mas pareceram os 35 kilometros mais demorados e asquerosos de toda minha vida.
Nunca esquecerei que eu estreava um capotão preto novinho , na época o barato na minha cabeça era curtir The Cure, Sisters of mercy, Cocteau Twins ,Joy Division e aquele capote me fazia sentir o tal e eu achava q aquilo me daria grandes chances de manter contato com algum ser do sexo oposto além de um mero olhar na bunda de alguém,digamos..interessante de se ver.
Lembro que fazia um frio do cão e na estrada o Dal já bem travado pisava no acelerador e zigue zagueava na pista quando de repente o Jazzner ,no banco de traz, me pede pra que eu abrisse o vidro , resposta negativa, com um friozão daqueles??
O cara insistiu, insistia enquanto eu recusava quando uma cascata de vomito escorreu pelo meu ombro abaixo , puta que pariu!!! Meu capote novo!!!
Paramos na hora ,desci do carro e procurei a primeira poça de água para me esfregar e tentar limpar aquela nojeira do inferno ,grande tentativa!
Voltamos pra estrada fedendo a podre ,quando meu estomago deu sinais de problema e me fez abrir o vidro como the flash vomitando um balde de nhaca ao vento, ao meu ver, achava que estava fazendo um excelente negocio e nem percebia que o liquido gosmento estava era lavando o carro de cima abaixo transformando o veículo num legitimo fusca vomito ,tudo muito classe A .
Chegamos na tal cidade ,e a primeira coisa a fazer era dar uma alivada na água dos joelhos,fomos os cinco urinar num local escuro inclinados no muro de uma casa quando o muro inteiro despenca totalmente deixando-nos incrédulos e sem saber o que fazer a não ser correr pra todo e qualquer qualquer lado,totalmente cobertos por poeira de cimento.
Sei que ainda tivemos a honra e a estupidez de encostar o carro todo vomitado na frente do clube onde rolava a festa, na porta! , diante de incrédulos olhos de garotas e garotos que aguardavam numa imensa fila a sua hora de apresentar os ingressos,todos bem vestidos e perfumados.... .
Não posso imaginar o que pensaram a nosso respeito e nem o quanto isso nos classificava como pessoas ideais para alguma garota ficar naquela noite ou muito menos que maluca seria doida o suficiente para sequer chegar perto de tal fedentinos .
Desnecessário dizer que não lembro de nada que aconteceu lá dentro ,só lembro que ao sair encontrei o Jazzner deitado embaixo do Fuca ,com a cabeça apoiada no meio fio como se o meio fio fosse um travesseiro ,como aquilo aconteceu ? ,não faço a menor idéia!.
A primeira coisa que me surgiu ao abrir os olhos, algum tempo depois de um imenso vazio que não sei qualificar quanto tempo durou foi notar o sol rachando na minha cara ,as 11 horas do dia dentro do carro ,com todo mundo bordeado,podre e babando parado encima de uma calçada encostado num poste de frente em um poste ...Bons tempos aqueles ....

OBS:NA FOTO PARTE DA TURMA DOS ANOS 80 SE LIGUEM DA SEGUNDA FIGURA,O PRIMO DAL,PORQUE DELE SAIRÃO AS HISTORIAS MAIS SURREAIS CONTADAS NESSE BLOG .

1 comentários:

MAS AH!!!

Não sabia desse teu blog, rapá! Estás adicionado lá no meu!

Abração!

Álcio

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