Danko Jones nasceu musicalmente com a década de 70, mais precisamente quando seus olhos viram o KISS pela primeira numa tela de TV.
Filho único, nascido em Ontário, Canadá, Danko descobriu os caminhos do rock sozinho .
“-Não tive um irmão mais velho para me dar uma cópia do Led Zeppelin "IV" e dizer algo do genero - "Vai com o vento". [risos] Não havia ninguém para me dar essa ajuda.
A minha aprendizagem foi com televisão e revistas, a certa altura o Kiss estava por todo o lado”
Com 6 anos de idade conseguiu uma cópia do “KISS ALIVE” e desse dia em diante certamente sua vida mudaria os rumos para sempre.
“-Lembro que o “KISS ALIVE” Trazia um livro e podíamos ver as fotos - para uma criança isso era tudo, a musica acabava por ser secundária, numa primeira impressão eles eram como super heróis numa história em quadrinho.
Quando coloquei o disco pra tocar descobri que gostava do que ouvia e como era um garoto facilmente impressionável me fissurei no álbum.
Lembro que na contra capa havia um endereço para o “Kiss Army” ( fan clube oficial do KISS) e a minha mãe disse para eu escrever uma carta para eles. Então escrevi uma pequena carta e enviei sem dinheiro nenhum nem nada. Fiquei sócio do “Kiss Army” com seis anos. Não sei quanto tempo depois recebi uma carta endereçada a mim com o logo do Kiss, e podes imaginar a sensação que foi receber uma carta dos Kiss, que eram as pessoas mais iradas do mundo, mandaram-me cinco fotos e duas pastas de cartão onde guardava os meus trabalhos da escola… Recebi tudo isso de graça quando tinha seis anos e isso fez de mim um fã para toda a vida.
Foi um investimento para toda a vida, enviaram cinco fotos para um garotinho e esse cara ainda continua a comprar tudo o que eles vendem.”
Com a descoberta do rock, Danko passou a explorar aos poucos a celebração roqueira setentista e varias bandas começariam a despertar sua atenção e ficariam eternizadas em sua formação musical, entre elas o “Thin Lizzy”, “Ac/Dc”, “Black Sabbath”, “Motorhead”, “Rolling Stones”, “ZZ Top” e as grandes lendas do “Hard Rock”, mas principalmente o “Thin Lizzy”, teria eternamente um lugar especial em seu coração para sempre .
Com a adolescência, entre os anos finais da era setentista e começo dos anos 80, os gostos musicais de Danko passariam a acompanhar simultaneamente a explosão de novos gêneros musicais agregando-os a seu estilo de vida, como o punk da geração 77 e os novos rumos do segmento ( “Bad Brains” , “Ramones”, “Black Flag”, “Minor Threat”...), a consolidação do rock pesado e suas pós variantes, com ênfase no lado “super headbanger” da coisa, com a chegada da era “Thrash Metal”, por exemplo, o impacto daqueles dias fez com que Danko agregasse afeição pelo gênero e suas conseqüentes evoluções por toda sua vida, das bandas do estilo, a primeira delas a causar esse fascínio foi o Metallica em sua primeira fase, ainda com o lendário Cliff Burton, como baixista.
Mas Danko, embora levasse a bandeira do rock em seu peito, tinha muito ainda pela frente para que um dia pudesse transformar seus gostos pessoais em um real estilo de vida, tinha de encarar sua vida própria, odiava ter de estudar por odiar os exames, ter de trabalhar para seu sustento pessoal também não era algo que fazia de si, o que digamos pudesse classificá-lo como um funcionário ideal e perfeito, pouco esquentava lugar em qualquer que fossem eles, antes de sobreviver de sua própria arte Danko trabalhou como vendedor de discos, balconista em lojas, trabalhou em restaurantes, em uma estação de radio e até em loja pornô, mas sempre deixou bem claro o seu ódio mortal por ter um dia trabalhado no setor varejista “- Aquilo me sugava a alma”.
Paralelo a isso tinha de pensar em seu futuro, estudar era a opção mais próxima que podia chegar disso, mas o lado rebelde da coisa já estava fragmentado em sua mente , os ideais acadêmicos o deixavam perturbado, não gostava de ter de se enquadrar na posição de “ser alguma coisa” do qual a faculdade o transformasse, não queria ter de ser forçado a ser o que no fundo não queria ser, seja lá o que fosse, um advogado, um médico, um engenheiro, as opções mais corretas para ser alguém na vida...a decisão pelo curso de cinema foi o que pareceu mais próximo de algo que poderia escolher dentro daquele universo.
A musica já estava em efervescência , borbulhando, pronta para explodir , mas naquela época não o suficiente ainda para saltar para fora, começara a tocar guitarra desde seus 13 anos, montava um ou outro projeto com amigos, onde achava que saia-se bem, mas tudo ainda muito amador para tornar-se algo real a ser enfrentado, mas “ a força” já era evidente e a tendência de que aquilo cresceria também.
Durante o curso de cinema, que não chegou a completar 2 anos, Danko passou a idealizar com mais força sua vontade de ter uma banda, começou a fazer muitos amigos e a curtir todo e qualquer show de rock que aparecesse para esquentar as noites gélidas de Toronto.
Foi nesse período que surgiu aquele que seria um amigo divisor de águas em seu caminho, o italiano “John Calabrese”, John já tinha muitas idéias em sua cabeça, idéias bem definidas em relação ao fato de ter uma banda de verdade, dominava muito bem um contrabaixo e estava montando um projeto para ser levado a sério.
John e Danko tornaram-se muito amigos e dividiam familiaridades mútuas em seus gostos musicais pessoais, John sabia que Danko andava envolvido com musica, que já andava tocando algo com alguns amigos nas garagens de sua cidade e viu em Danko o cara certo para fazer parte de sua idéia, a tão sonhada banda de rock.
Não demorou muito para que a química e o ideal sonoro do projeto se delineasse de maneira forte e a banda estava fundamentada com o acréscimo do baterista e amigo Damon Richardson.
Danko já era uma figura conhecida nas internas do circuito de rock em Toronto, já havia criado um personagem em torno de si mesmo, no inicio da banda atendia por algumas outras alcunhas como “Mango Kid” ou “The Night” e ficam no ar algumas grandes perguntas que até agora não possuem resposta, a principal delas a respeito do nome verdadeiro de Danko Jones ou alguma outra informação mais concreta a respeito de sua vida pessoal, como sua idade, por exemplo.
Detalhes que acabaram ocultados dentro do mito da banda, talvez muito disso tenha relação direta com a aversão inicial que possuíam em relação ao contato da mídia, a banda sempre procurou deixar bem claro sua intenção em manterem-se “reservados” até onde pudessem. Sempre acharam a maioria das entrevistas e entrevistadores fúteis e superficiais, onde ficava claro que a maioria nem ao menos procurava saber um pouco mais sobre eles antes de questioná-los para algum meio de comunicação. Não deixam de ter suas razões para tal atitude, principalmente estando em um país que provou por a+b que não os entendiam, e foi assim durante muito ,muito tempo .
1996 foi o marco zero para o projeto que acabou batizado com o codinome de seu front man, que além da guitarra forte assumiu de maneira visceral os vocais da banda. Estava dada a largada.
Com uma proposta inovadora que misturava pegadas fortes de blues rock de garagem com muita distorção, riffs marcantes herdados diretamente da escola de Billy Gibbons (ZZ Top), Thin Lizzy, Angus Young, os primeiros e bombásticos discos do Motorhead e uma genial linha vocal traçada com desenvoltura em um elo que podia ligar clássicos do punk old school com uma narrativa falada bebida diretamente na fonte de grandes vocais como o soul music “Solomon Burke”, Danko Jones já de cara veio para mostrar que seria um trem muito difícil de ser parado.
“-Sobre o fato de falar entre as canções quando toco ao vivo uma das maiores influencias para isso, há muitas - outra pode ser David Lee Roth… mas a maior influencia fui busca-la no álbum "Soul Alive" de Solomon Burke, para quem não sabe ele é e foi um cantor de R&B e foi dado a ele o titulo de rei do rock & soul, porque o soul dele tinha algumas referencias de rock. Ele editou o disco "Soul Alive" que é basicamente ele falando com a audiência quase toda composta por mulheres gritando, é um disco brilhante. É espetacular a forma como ele consegue levar a audiência, estou sempre ouvindo esse disco e acho que já acabou se enraizando no meu subconsciente - acabou me dando a confiança para agir assim ao vivo. Outro álbum genial que usei como referencia é o "Fandango" do ZZ Top - que é o meu disco favorito deles - um dos lados é ao vivo e o outro é de estúdio… no lado ao vivo quando o Billy Gibbons fala com o publico é incrível porque ele tem o publico nas mãos. Eu ouvi isso e Solomon Burke e todas as outras influências, misturei isso tudo mas não copiei ninguém”
Entre 1996 e 1998, Danko Jones e sua trupe percorreram o Canadá e o norte dos Estados unidos em um clima muito semelhante ao das primeiras investidas do Ac/Dc nos Estados Unidos, no inicio de carreira deles, onde os giros das turnês foram tão extenuantes que os trechos que marcaram aquele período da banda australiana foram apelidados de “Highway To Hell” ( para quem não sabe, justamente de onde veio a origem do título do clássico álbum da banda de Angus Young e sua turma junto ao inesquecível Bon Scott).
Por dois anos Danko Jones tocou incessantemente pelos lugares mais inusitados possíveis, ganhando cancha e sugando tudo o que a estrada poderia dá-los para ser aproveitado como sabedoria em tudo o que viria pela sua frente.
Durante esse período abriram para bandas de projeção no underground como” New Bomb Turks”, Nashville Pussy, The Make-Up, The Dirtbombs, The Chrome Cranks and The Demolition Doll Rods, entre outros.
Na época nem passava pela cabeça deles lançar algum disco, a fome era a de tocar e continuar tocando e poder voltar aos mesmos lugares com a chance de um feed back de publico cada vez maior, de espalhar uma reputação condizente com o impacto da sonoridade que acreditavam fazer e que com certeza faziam mesmo. E assim a estrada gerava mais combustível para queimar em um verdadeiro V8 em forma de som.
Mas a cobrança por algum registro gravado não demorou a acontecer.
Em 1998 , quando a coisa começou a pegar fogo de maneira incontrolável em conseqüência das incendiárias apresentações, Danko finalmente cedeu a pressão e colocou na roda o Ep “My Love Is Bold”, auto produzido por eles mesmos.
O disco revelou a banda em uma escala maior quando passou a veicular em rádios, principalmente no caso de “Bounce”, que “entre aspas” tornou-se o primeiro sucesso dos caras, o single da música rendeu o premio de melhor álbum alternativo de 2000, no Canadá, era o começo de tudo.
Em 2001 fecham negócio com o selo Bad Taste Records que lança em solo europeu uma compilação com b-sides, demos e as primeiras gravações da banda, a compilação chamou-se “ I'm Alive and On Fire”.
A tour de cinco semanas seguidas na Europa rendeu tanto que no mesmo ano eles tiveram de cruzar o Atlântico por mais duas vezes, as inúmeras apresentações incluíram shows no festival de Roskilde na Dinamarca e Hultsfred festival na Suécia. Grande parte das três primeiras turnês foram como suporte principal para o Backyard Babies. A Europa descobria Danko Jones,com uma intensidade incomparavelmente maior do que em sua terra natal.
Em 2002, o grupo grava seu primeiro registro considerado oficial chamado “Born a Lion”, a partir desse momento seria impossível deter o fôlego de Danko Jones.
O disco, produzido por Bill Bell, foi lançado pela Bad Taste na Europa e pela Universal no Canadá.
Mais uma vez seguiram-se vários giros pela Europa e duas turnês pelo Canadá promovendo o disco, os shows incluíram um retorno lendário no Hultsfred festival, assim como uma apresentação notável no Pukkelpop na Bélgica e no festival Lowlands, na Holanda.
A tour de “Born a Lion” ainda rendeu uma abertura para os Rolling Stones em sua “40 Licks tour" no Palais Royale em Toronto, no Canadá em 16 de agosto de 2002.
Músicas como “Lovercall”, “Sound of Love”, “Soul on Ice”, “Way to my heart” e “Play the Blues” puxam o disco de maneira espetacular e comprovam o padrão de qualidade da banda, “Lovercall’ emplaca.
Em 2003 Danko Jones lança seu segundo álbum oficial “We Sweat Blood”, a primeira investida da banda em uma sonoridade mais “produzida”, mas sem desfocar do estilo característico, muito pelo contrario, graças a parceria deles com o produtor Matt DeMatteo concebem um álbum recheado de riffs poderosos, melodias grudentas e viscerais envoltas em uma pegada forte, irresistível e ainda mais pesada.
Seguem-se mais uma saraivada de sons poderosos como “ Forget my name”, “Dance”, “I want you”, “ Heartbreak’s a blessing” e “I Love living in a city”.
A tour de lançamento do disco levou-os ainda mais longe chegando desta vez até o Japão.
A exposição positiva começava a gerar cada vez mais frutos como a indicação a dois “Junos”, concorrendo como melhor álbum de rock com “Born a Lion” e melhor clipe por “Lovercall”.
Mesmo com tão bons indícios o sucesso da banda continuava aumentando muito mais na Europa do que no Canadá, alguns problemas entre eles e a Universal Canadense acabaram rompendo o contrato com a gravadora que não estava fazendo um trabalho suficientemente bom para apoiar o crescimento e evolução de Danko Jones em sua terra natal quando comparado com a visível conquista Européia.
Embora com alguns percalços no caminho a banda pouco se importou e seguiu firme em turnê pelo resto do ano entrando 2004 a dentro acompanhando bandas como “Turbonegro”, “Sepultura” e “The Bronx”.
Ainda na turnê de “We Sweat Blood” arrancaram outra indicação para o Juno em 2004, como melhor álbum de rock para o disco que estavam divulgando e seguiram alternando inúmeras datas europeías que incluíram a Austrália, e grandes festivais como Rock Am Ring, Rock Im Park na Alemanha , Download, Leeds e Reading na Inglaterra.
Entra o ano de 2005 e Danko Jones continuava a rodar sem parar, mesmo envolto nas sessões de gravação do sucessor de “We sweat blood”.
As boas notícias aumentavam cada vez mais, entre elas um acordo fechado em abril com o selo norte-americano, Razor & Tie que lançou “We Sweat Blood” nas terras do Tio Sam infiltrando a banda de maneira mais eficiente nos Estados Unidos, aumentando a duração da turnê do álbum de 2003 por mais de dois anos ininterruptamente.
Com a árdua tarefa de divulgar o álbum simultaneamente nos dois lados do Atlântico a melhor saída foi a de adiar o lançamento de “Sleep is the enemy” para 2006.
Durante o verão e o outono de 2005, a banda excursionou fortemente pela América com dois singles de “We Sweat Blood” ("Lovercall" e "Forget My Name") sendo muito executados na segunda maior radio rock americana.
Os shows rolaram com bandas como “Flogging Molly”, “The Supersuckers”, e “The (International) Noise Conspiracy”.
Antes do lançamento de “Sleep Is The Enemy” o baterista Damon Richardson deixa a banda, alegando cansaço como motivo da saída, sendo substituído por Dan Cornelius, ex integrante das bandas “Rocket Science / The Royals”, “Sass Jordan”, “Alannah Myles” , “Acid Tes”t, e “Rubbersnake”.
Em janeiro e fevereiro de 2006, já contratados por um novo selo Canadense, a “Aquarius Records”, fizeram sua primeira tour em terra natal após 4 anos, abrindo o então celebrado na época “Nickelback”.
Finalmente lançado, “Sleep is the enemy” surpreende pelo nível cada vez mais bem produzido e impactante da banda, simplesmente uma poderosa coleção de sons viscerais feitos por quem sabe muito bem como se faz um bom rock de verdade, rápido, rasteiro e totalmente viciante.
O álbum contou com a participação do cultuado ex front man do “Kyuss” John Garcia, que cantou em “Invisible”, nada mais perfeito para um trabalho com fortes referencias de stoner rock, punk old school, Acdc e Thin Lizzy, canções como “Stick situation”, “She’s drugs”, “First date”, “Don’t fall in love”, “Baby hates me”e “Invisible” tornaram-se clássicos instantaneamente.
Em 2008 Danko Jones já ocupava uma privilegiada posição entre a nova safra do rock mundial, mas sempre cuidadosos ao extremo para não cair nos golpes que uma banda com sucesso em potencial pode acabar atraindo para sí mesma, priorizando o vínculo que os ligava a cena underground, fugindo de hypes como o diabo foge da cruz, mas sem perder o foco em passos mais altos.
Para o álbum seguinte, Danko, John Calabrese e Dan Cornelius resolveram tentar uma nova experiência ao contratar o premiado produtor Nick Raskulinecz ,que tinha em seu currículo bandas como Foo Fighters, Duff McKagan, Stone Sour, Danzig, Ash, Velvet Revolver, Marilyn Manson, Deftones entre outros, para conduzir os trabalhos de “Never too loud” .
A idéia de um disco novo puxando para algo mais melódico vinha do desejo de Danko em criar algo mais próximo ao trabalho de suas bandas prediletas como “Kiss”, “Black Sabbath” e “Thin Lizzy”, por isso a opção da mudança de clima na produção.
Mesmo sendo um ótimo disco, muitos fãs não entenderam direito o conceito por traz da obra, não sentiram o tanto quanto ”City Streets” soava como um tributo ao “ Thin Lizzy” ou “Forest for the trees” ao “Black Sabbath”.
O proprio fato de “Take me home” ser uma balada também estava diretamente ligado ao conceito impregnado no disco, afinal toda boa e clássica banda de rock setentista sempre teve uma boa e bela balada em seus álbuns.
“Never too loud” rendeu três singles: “Code of the road” , “Take me Home” e “King of magazines” e deu continuidade as extensas turnês incluindo uma maratona em grandes festivais como” Rock Am Ring” e “Rock Im Park With Full Force”, na Alemanha;” Bospop” e “Lowlands” na Holanda; “Sziget Festival” na Hungria; “Rabarock” na Estónia; “Provinssi Rock” na Finlândia, e “Eurockeennes Hellfest” na França.
A turnê fechou 2008 acompanhando o Motorhead na Europa.
Em 2009, a banda continuou na estrada sem parar um segundo, passando pela Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica, França, e América do sul, incluindo duas datas no Brasil( São Paulo e Recife).
Durante esse ano duas coletâneas foram lançadas, na Europa saiu a “B-Sides” e no Canadá “This Is Danko Jones”.
“B-Sides” rendeu os singles “Sugar High” e “ My problems(are you problems now)”.
Entre o final de 2009 e começo de 2010 participaram de mais alguns festivais importantes como o ”Sziget Festival” na Hungria, no palco principal com “Faith No More” e “The Offspring”, bem como “Huntenpop” na Holanda, “Wintherthur Gampel Open Air”, na Suíça, “Parken Festiva”l na Noruega.
Em janeiro e fevereiro de 2010, a banda excursionou por todo o Canadá com o “Guns 'N' Roses” e “Sebastian Bach”.
Em março caíram na estrada pelos Estados Unidos com o ”Clutch”.
Ainda no outono de 2009, mesmo com o corre-corre intenso das apresentações Danko começou a compor as músicas para um novo álbum, havia uma vontade muito grande de fazer um disco mais violento que “Never Too Loud”, que havia sido uma obra mais trabalhada, um grande disco, diga-se de passagem, mas com menos “punch” que os habituais lançamentos da banda.
Em dois meses, aproveitaram os intervalos quando estavam em Toronto e finalizaram as canções do disco, que foi gravado em 4 semanas resgatando a antiga parceria com Matt DeMatteo.
Recém lançado, o álbum já pode ser considerado como o melhor já feito pela banda ao longo de seus 13 anos de existência, em “Below the Belt”, Danko conseguiu alcançar um equilíbrio inspiradíssimo e impactante, não só resgatou suas origens primitivas como acrescentou a elas toda a sabedoria que esses longos anos de estrada acrescentaram a eles musicalmente.
Estão presentes de modo visceral a pegada punk e a rifferama de seus primeiros discos como também estão presentes as pitadas de classic rock e suas influencias de hard rock e metal dos anos 70 e 80 somados a uma estrutura melódica de composições nascidas para grudar em seus ouvidos, balançar seus esqueleto, dar cabeçadas na parede e viciá-lo imediatamente.
O clipe de “Full of Regret” ,que puxa os trabalhos do disco, é perfeito, ainda mais contando com presenças ilustres como a de” Lemmy” , “Elijah Wood” e “Selma Blair”, um começo bombástico para mais uma nova etapa na vida dos caras.
O video novo que segue os trabalhos do novo album é de "I Had Enough" e contou com a presença do ator Ralph Macchio, o eterno aprendiz de Karate Kid.