terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

QUENTIN TARANTINO FUCKING STYLE!!!!

QUENTIN TARANTINO FUCKING STYLE!!!

O que dizer sobre Quentin Tarantino?
Talvez o único jeito de descrevê-lo seria como sendo um dos caras mais maneiros que surgiram na cultura pop dos últimos tempos, criativo, controverso, polemico, genial..enfim, é inegável dizer que ele não é dono de um estilo sem igual ,mesmo que suas obras homenageiem, citem, reverenciem ou prestem tributo a segmentos guardados no baú da própria história do cinema, por mais rudimentar ou toscos que possam ter sido a fonte em que ele bebe o cara tem a mágica de revalorizar o que talvez você não faça nem idéia de que um dia tenha existido.
O caldeirão em que Tarantino joga centenas de pitadas de referencias pop ao criar sua obra cinematográfica o transforma em um dos maiores magos da sétima arte.

Quentin Jerome Tarantino, hoje com 47 anos, nasceu em Knoxville, no estado americano do Tennesse, e era filho do ator, musico folk, aviador e faixa preta em Karatê e Kung Fu “Tony Tarantino” com a descendente de índios Cherokees e irlandeses “ Connie Mchugh”.
A união entre entre os dois não durou muito, foi um romance adolescente de colegas de escola, Connie se relacionou com Tony em um espaço de três meses quando tinha 16 anos e só descobriu estar grávida quando Tony já não fazia mais parte de sua vida e assumiu-se sozinha como mãe.
Dedicou-se aos estudos no Tennessee onde formou-se aos 19 anos em microbiologia partindo em seguida para a Califórnia onde casou-se com o musico Curt Zastoulpil, um cara do qual Quentin se afeiçoou muito, porém divorciaram-se quando o jovem tinha 9 anos.
A Paixão de Quentin pelo cinema começou cedo, aos 16 anos iniciou seus estudos na “James Best Theatre Company e depois na “Allen Garfield’s actors shelter”, aos 22 começou a dedicar-se como roteirista mesmo trabalhando como balconista em uma famosa locadora de Manhattan, onde conheceu Roger Avary ,um colega que depois veio a colaborar em Pulp Fiction.
“Amor á queima roupa” e “Assassinos por natureza” foram os primeiros roteiros vendidos que lhe tiraram do anonimato, mas foi só após conhecer o produtor Lawrence Bender, em uma festa em Hollywood, que Tarantino passou a ser incentivado a dirigir seus próprios filmes com o apoio de Bender como principal incentivo.
A parceria com Bender foi o pontapé inicial para a produção do cultuado “Cães de aluguel”, o ator Harvey Keitel, que ouvira falar do roteiro do filme entrou na jogada sendo crucial para a concretização da obra ao investir como produtor executivo e também ator do próprio.
O filme tornou-se um sucesso instantâneo e elevou o status de Tarantino em Hollywood ,que logo passou a assediá-lo, cogitado para a direção de vários projetos entre eles os blockbusters “Velocidade máxima” e “Homens de preto”, que Tarantino recusou .
Em vez de entrar no “hype” que passou a persegui-lo o diretor isolou-se em Amsterdã para concentrar-se em sua nova idéia: “Pulp Fiction”.
Com o lançamento de “Pulp Fiction” Tarantino começou a colher os frutos de sua obra, sendo premiado de cara em Cannes e no Palma de ouro, o estilo característico violento e cru do diretor começou a provar que filmes nessa linha tinham retorno e isso começou uma verdadeira mudança de pensamentos entre os investidores cinematográficos e as grandes industrias da sétima arte. O cinema independente passava a ser visto com outros olhos.
Com muitas falas, divisão em atos e recheado de referencias pop, Pulp Fiction marca definitivamente o estilo do diretor e uma das grandes sacadas que mais chamam a atenção é a do resgate que ele passou a dar a atores então fora da mídia, criando possibilidades de resgatarem suas carreiras com a exposição de seu trabalho, como foi o caso de John Travolta.
Sem deixar de citar que principalmente a partir de “pulp fiction”, o diretor mostrou-se um legítimo especialista em resgatar e revelar pérolas musicais em suas trilhas sonoras, fazendo muitas delas voltarem á ativa ou chegando as paradas.
“Pulp Fiction” acabou coroado no ano seguinte quando levou o Oscar de melhor roteiro original, indicou Travolta como melhor ator, Samuel Jackson como melhor ator coadjuvante e Uma Thurman como melhor atriz coadjuvante ,sem contar a indicação por melhor filme, ao todo o filme concorreu em 11 premiações em todo mundo, ganhando em várias, um sucesso absoluto.
A amizade com o diretor Robert Rodriguez acabou levando-o a atuar em “Balada para um pistoleiro” e “Um drink no inferno”, parceria que por sinal ainda daria muito o que falar...
A Paixão de Tarantino por filmes antigos de baixo custo, como o gênero setentista “blaxploitation” entre outros, passou a ser um grande e certeiro novo foco do diretor e isso ficou bem claro em seu filme seguinte “Jackie Brown”, uma adaptação á serie policial “Rum Punch” de Elmore Leonard.
Mais uma vez Tarantino deu uma bela mão á atores que já tinham tornado-se esquecidos como Pam Grier, conhecida nos anos 70 e que apos Jackie Brown voltaria ao sucesso com a serie de Tv “The L Word”, o mesmo pode se dizer de Robert Foster, indicado ao Oscar por melhor ator coadjuvante tb velho conhecido do passado cinematográfico americano ,Foster não conseguiu muito após o sucesso do filme de Tarantino exceto participações em “Family Guy” e “Desperate Wives”, mas nenhum deles conseguiu engrenar tanto a carreira como no caso de John Travolta.
“Jackie Brown” ainda teve o requinte de poder contar com as participações de Robert De Niro, Bridget Fonda,o velho parceiro Samuel Jackson, Michael Keaton e Chris Tucker.
Após as filmagens de Jackie Brown Tarantino concentrou-se em escrever um roteiro baseado nos grupos anti nazistas da segunda guerra mundial , algo que para ele tratava-se de um projeto muito importante, porém acabou adiando- o para escrever “Kill Bill”, um filme de 4 horas que acabou dividido em duas partes.
“Kill Bill” mais uma vez foca no cinema antigo e de produção independente, dessa vez homenageando velhos filmes asiáticos de kung fu, filmes japoneses de Samurai, animes e filmes de faroeste italianos, uma grande saudação á cultura pop, apesar de não dosar o ritmo violento que permeia suas obras, “Kill Bill”mais uma vez tornou-se um grande sucesso de bilheteria, Tarantino chegou a cogitar uma continuidade ao projeto.
Na quarta obra oficial de Quentin, mais velhos ilustres são trazidos á tona como David Carradine, Gordon Liu, Sonny Chiba e os grandes parceiros Uma Thurman e Samuel Jackson (em rápida aparição como pianista na cena do casamento).
Em 2005, Tarantino volta ao trabalho numa louca parceria com Robert Rodriguez em um filme duplo (dois em um) dedicado ao gênero “grindhouse”, um termo definido nos estados unidos que designava salas de cinema onde, durante os anos 60 e 70, eram exibidos filmes B, independentes, de custos e produção insignificantes e toscas , uma obra totalmente thrash com direito a trailers falsos e tudo mais, exatamente como as exibições nos antigos espaços, o projeto chamou-se obviamente “Grindhouse”, um dos trailers fez tanto sucesso que acabou gerando o recente e aclamado “Machete”, o primeiro grande filme dado a Danny Trejo, um velho parceiro de turma .
Tarantino cuidou de “Á prova de morte”, dando uma bela chance a Kurt Russel ,num filme que nos dá um desfecho e tanto ,além de possuir uma das cenas de acidente mais reais e fortes que o cinema já produziu. Robert Rodriguez ficou com o bizarro e sangrento “Planeta terror”,mais b impossível, porém o formato do filme ,que começou sendo exibido com as 4 horas seguidas rendeu comentários negativos no publico e critica,tanto que tiveram de separar a idéia original da dupla, o obra só conseguiu ser lançada em 2008.
Nesse meio tempo o diretor e ator produziu, dirigiu e atuou em varias situações, dirigiu um episodio da série CSI, em um dos capítulos de maior audiência do seriado chamado “Grave danger”, dirigiu também um episodio da série “Four Rooms”, dirigiu uma seqüência no aclamado “Sin City”, apareceu em alguns capítulos da série “Aliás” e fez a função de produtor dos filmes “O Albergue, “Killshot” e no excelente Road motobiker movie “Hellride”,além de outros.
Ano passado lançou “Bastardos Inglórios”, um projeto iniciado em 1998, uma genial obra baseada nos grupos rebeldes que tinham a missão de dizimar nazistas na época da segunda guerra.
A obra trouxe um elenco de arrasar, com Brad Pitt , Christop Waltz (que levou o Oscar por melhor ator coadjuvantes) , Melanie Laurent e Diane Kruger
“Bastardos Inglorios” foi seu filme de maior audiência e obteve uma arrecadação de 320 milhões de dólares com orçamento de 70 milhões.
Seu currículo hoje já conta com 12 filmes como diretor, 14 como roteirista, 19 como ator e também 19 filmes como produtor.
E agora só nos resta esperar por mais uma bela surpresa desse gênio da sétima arte, o que ,de momento ainda não há nada que se possa afirmar em que ele esteja trabalhando concretamente.

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