quarta-feira, 11 de novembro de 2009

RIVER RAID - DO BRASIL PARA O MUNDO NA RAÇA E NA CORAGEM





Voce já ouviu falar em River Raid ?
Não , não estou falando do antigo joguinho dos anos 80 ,eu pergunto se você já ouviu falar na banda Pernambucana River Raid?
Bom, pra começar eles não tocam nas maiores rádios brasileiras, não saem na revista contigo ,não cobram cachês inacreditáveis para se apresentar ,não são estrelas do que atualmente se diz como sendo o atual rock nacional , porém eles vão muito ,mas muito além disso e a maioria de vocês nem sequer faz idéia, mas esses caras hoje já são considerados lá fora como uma das maiores novas bandas do rock brasileiro e já correram os Estados Unidos e o Canadá com repercussão absolutamente positiva ,no Brasil já brilharam em festivais como o REC Beat (recife PE),Se Rasgum no Rock (belem PA), Do Sol (natal),Ponto CE (Fortaleza CE),Bananada (Goiania GO),Aumenta que é Rock (Joao Pessoa PB),MADA (Natal RN) entre vários giros pelo país sempre de maneira independente e totalmente guerreira ,a historia dos caras não é apenas uma bem sucedida historia de reconhecimento é uma lição a ser seguida por qualquer banda que sonhe em alcançar aquilo que quer da maneira que sua atitude melhor lhe convenha.
Com dois álbuns na bagagem e quilometragem que registra passagem por respeitados festivais e eventos, como o famoso norte americano "South by Southwest (Austin, TX) e o brasileiro "Levis Music, ambos direcionados à revelação de nomes da cena independente, a Banda Recifense desbancou 15 mil concorrentes de mais de 100 países no Concurso Internacional de Composição, o "ISC - International Songwriting Competition - com a música “Time Up”.
Foi a banda mais votada da categoria rock pela internet na Voz do Povo (People s Voice) e recebeu a menção honrosa do júri, formado por figuras como Julian Casablanca (The Strokes), Frank Black (Pixies), Robert Smith (The Cure) e Jerry Lee Lewis, sendo a única banda brasileira na final do concurso.
The River Raid foi escolhida pelos editores da Revista Rolling Stone no "Hot List" do mês como um dos cinco favoritos com a música "Não caio mais no que você diz"; ilustrou reportagens de importantes jornais como a Folha de São Paulo e o Estado de Minas; foi citado em revistas e sites de renome internacional como a Spin.com , CMJ.com e Zig Zag Live.com; e recebeu nomeações importantes, a exemplos: o Hollywood Music Awards (Hollywood – CA/EUA); o Toronto Independent Music Awards e o Ontario Independent Music Awards (ambos em Toronto – ON/Canadá).
The River Raid é Ricardo Leão (guitarra, voz), Eduardo Pereira (baixo), Antonio Ferreira (guitarra, voz), Gustavo Monteiro (bateria) e Gilberto Bezerra (guitarra) e foi com o Ricardo que passamos uma madrugada batendo um papo para que a gente pudesse ficar por dentro dessa fascinante historia..






Nino- Como a River raid começou sua historia ai no Recife ?

Ricardo_Leão - A banda se formou no colégio, na época tocávamos nos intervalos e nas festas do colégio. Dái gravamos uma demo e começamos um trabalho de divulgação da músicas. Na época a cena de Recife estava fervilhando e começamos a tocar nos bares da cidade.
Depois vieram os festivais locais. Começamos a chamar a atenção da mídia e a demo recebeu boas críticas dos jornais e da revista Showbizz,dai veio o convite da Mtv para fazer o Ultrasom, a gente foi lá e ganhou o concurso
Foi um grande feito para gente ,quem apresentava na época era o Edgard Picolli que hoje está no Multishow.

Nino - Isso há quantos anos atrás?

Ricardo_Leão -Isso era entre 1996 e 2000 mais ou menos

Nino- Era uma epoca maravilhosa para o rock, o miranda lutando contra tudo e contra todos em prol de uma causa , as revistas dando geral nas cenas estaduais ,as gravadoras apostando no novo sem receio , algo que hoje é bem diferente né Ricardo?

Ricardo_Leão – É , vivemos um momento de dúvidas no mercado, ninguém sabe exatamente o que vai acontecer, eu particularmente vejo o momento com muito otimismo. Acho que é uma ótima hora para os artistas independentes,mas ninguém sabe exatamente o que vai acontecer e como ganhar dinheiro com venda de música....
O bom é que hoje quem tem um produto de qualidade e um trabalho sério fica e aos poucos as coisas vão se definindo ,uma coisa é fato , a produção musical não vai parar ,o entretenimento é um mercado em expansão
e a música faz parte disso tudo,vai mudar e isso pode ser muito bom.

Nino -Voces já tem mais de 10 anos de estrada , o movimento mangue beat (que emplacou a cena cultural de Pernabuco com artistas Chico science e Mundo Livre S.A) ajudou a banda a desbravar territorios,mesmo sendo um estilo diferente do que estava sendo projetado no país vindo dai?

Ricardo_Leão - Acho que o movimento mangue ajudou a chamar atenção para cena musical que estava se formando em Recife, da mídia e do público. A gente começou na mesma época, mas meio que na contra mão do regionalismo, fazendo rock'n roll. Tinha mais bandas na época que estavam com a gente e apesar de ter sempre a comparação "é de Recife tem tambor" a gente continuou firme e forte nas nossas influências.
e é sempre por ai, tem mercado para todo mundo ,quem tem qualidade e quer trabalhar vai ficando

Nino- E quando a coisa começou a tomar uma projeção maior do que voces imaginavam na River Raid?

Ricardo_Leão -Depois que a gente gravou o primeiro disco, as coisas começaram a engrenar. O disco tem 4 músicas em inglês e a gente começou a fazer um trabalho de divulgação das músicas nos EUA e Canadá. Através da internet conseguimos tocar em festivais nos dois países.
Ai começamos a ver que além do Brasil havia um mercado também no exterior.
Lançamos o disco aqui , fizemos uma turnê passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, joao Pessoa, Recife e Salvador divulgando o disco e foram surgiram oportunidades lá fora também...
Através da internet nos inscrevemos em concursos de composição
e as coisas foram acontecendo...

Nino -O Concurso Internacional de Composição, o "ISC - International Songwriting Competition - com a música “Time Up” ,por exemplo ,foi uma dessas grandes oportunidades certo?

Ricardo_Leão - O último que rolou foi o Billboard World Song Contest, ficamos no top 500 , com “Summer” e “Time Up” , o ISC foi uma grande vitória também, vencemos entre mais de 15.000 bandas do mundo todo
recebemos uma menção honrosa de um júri de astros.
Nino- Nunca tinha visto nada igual Ricardo ,e o pior é que quase ninguem fica sabendo por aqui....

Ricardo_Leão -É danado... o massa é que estamos aqui batendo esse papo e devagarinho vamos divulgando , o juri tinha pessoas como Julian Casablanca (The Strokes), Frank Black (Pixies) e Robert Smith (The Cure)...

Nino- É algo que nos faz acreditar em um futuro melhor para o rock no Brasil...

Ricardo_Leão - A gente cresceu ouvindo esses caras e agora eles ouviram a nossa música , isso é uma grande vitória para a música nacional ,é isso ai.


Nino- E para conseguir dar esse passo , de começar a tocar fora do país ,como voces conseguiram bancar isso,que é a maior dificuldade que as bandas enfrentam ,os meios de chegar até lá?

Ricardo_Leão - É ...cada ida é uma luta ,não é nada fácil ,o que a gente faz
é captar recursos através de projetos culturais e vai financiando ,aliás, isso é uma grande saida para artistas independentes

Nino- Mas nem todo estado possui essa certeza de que pode conseguir algo por ai...

Ricardo_Leão -Juntar-se com empresas para gerar o mercado
é mais uma mudança cultural que é feita lentamente , algumas coisas já começam a acontecer e o momento economico do país vai aumentar isso
começamos a ver projetos como o Levis Music que estamos participando este ano ,que é uma parceira neste aspecto .como no caso da mallu..
O Trama Virtual tem feito vários lançamentos legais com a Volkswagem e Vale Refeição, lançaram trabalhos de Ed Motta, Tom Zé e Móveis Coloniais de Acaju ,e por ai vai.
O governo tem leis de incentivos muito interessantes... agora... para lidar com o governo e com empresários é preciso estar muito organizado e ser muito profissional.

Nino- Hoje vcoes estão radicados onde?

Ricardo_Leão -Ainda em Recife ,Pernambuco.

Nino –Mas é essencial fazer a ponte para são paulo não é?

Ricardo_Leão -Sim, temos ido a São paulo sempre que possível, importantíssimo... tentamos marcar shows na volta da tour ( a recente turnê que fizeram nos Estados Unidos e Canadá), mas ficou muito em cima
estamos planejando agora uma ida depois do carnaval.
Sampa tem que ser planejado com antecedência e adoramos tocar lá.

Nino- Mas vamos falar sobre as grandes experiencias lá fora ,me conta um pouco sobre o que de maIs inacreditavel aconteceu por lá, as pessoas q voces conhecram ,os idolos, as bandas q dividiram o palco....

Ricardo_Leão -Os festivais lá fora tem uns "line up" forte ,no Atlantis Music Conference uma das bandas principais foi o Queens of the Stone Age , No South by SouthWest (Austin TX), desse ano teve um monte de banda: The Sonics, Echo and The Bunnymen , Metallica , Dinossauro Jr, Easy All Star, Ben Happer , Julliet Lewis...

Nino- Os Easy Star chegaram a tocar algo desse novo tributo dedicado ao Sargent Peppers?

Ricardo_Leão -Tocaram várias coisas de todos os álbuns... foi de chorar,
No CMJ em NY , fomos indicados pela diretoria do festival para gravar um comercial num estúdio lá , o estúdio chamava-se The Cutting Room ,
a empresa de marketing Londrina chamava-se Suspicious Marketing...
quando a gente chegou no estúdio não acreditou no tamanho do negócio
tinha disco de platina por todo lado,O Red Hot Chilli Peppers gravou o "By the Way" lá , Run DMC é outro cliente famoso ...

http://www.thecuttingroom.com/index.php/Clients/Music


Nino- Por quais paises voces passaram até agora?

Ricardo_Leão - Já fizemos EUA e Canadá para o proximo ano estamos vendo a possibilidade de ir para Europa
Nino- E como você compara a receptividade do publico brasileiro e o estrangeiro?

Ricardo_Leão - Lá fora a música brasileira é muito respeitada e as pessoas as vezes não acreditam qua a gente do brasil está lá ,mas sempre é uma reação positiva ,no show do CMJ tinha um dono de um selo canadense no show da gente ,o cara ficou louco ,gostou muito do show ,mandou e mail depois do show e estamos conversando para ver o que sai.

Nino- E aqui no Brasil?

Ricardo_Leão -Um experiência engraçada foi a abertura do Paramore ,
que era um público diferente do que a gente está acostumado a encarar
totalmente diferente para falar a verdade e foi bem tenso ,nos não sabíamos o que ia acontecer até as cortinas abrirem e o show começar...mas demos conta do recado e o show foi muito legal o público respondeu muito bem.
E ai em Sampa quando vamos costumamos tocar no Outs, Inferno, Studio SP ,Uderground é rock na veia ,palco pequeno ,suor ,cerveja no palco
essas coisas do rock...


Nino- Ricardo,como voces estão lançando os discos e qual a diferença entre o potencial de ter um cd e o potencial de se divulgar pela internet?

Ricardo_Leão - O primeiro a gente lançou na raça ,o segundo está sendo mais planejado ,essa palavra é muito importante escrevemos um projeto e aprovamos na Lei Rouanet ,o disco vai sair através do incentivo federal.
Hoje em dia com a situação atual do mercado você tem que "surfar" todas as ondas ,tem que ter o disco físico tem que estar na internet tem que planejar o lançamento ...Nesse segundo trabalho nós estamos muito focados nisso
antes de colocar o disco a disposição vamos procurar fazer o máximo de barulho possível.
A internet é sem dúvida a arma mais forte hoje ,a grande diferença é como cada um usa a ferramenta.

Nino -Como é usar a ferramenta da maneira correta?

Ricardo_Leão -Na minha opinião: planejar as ações do lançamento
Tipo...antes de lançar o disco lançar um myspace com um layout novo
ai divulga o lançamento do myspace depois lança o site
divulga o lançamento do site ,depois fazer um trabalho como esse que estamos fazendo aqui com blogueiros ,fazer isso no mínimo uns tres meses
divulgando ,falando sobre o disco introduzindo no mercado , preparando o terreno para lançar , é muito difícil dizer na verdade... não tem regra
o que funciona é quando você atira na direção que acha que vai ser mais positiva ,é o que mais dá retorno hoje.
... ai vai , lança um clipe ,tenta colocar na Mtv , tem que estar em todas as redes sociais , Facebook, twitter ...no final das contas não tem nada de novo
é o trabalho que a gente escolheu por amar isso .
Nino- Hoje em dia quais são as bandas que voce poderia citar como referencias, as coisas que voces estão mais ouvindo, e o que acaba refletindo no resultado final nesse novo trabalho?

Ricardo_Leão -Referência termina sendo o que você ouviu a vida toda, mas poderiamos dizer muito RadioHead, Tv on the Radio, White Stripes, Racounteurs, Tom Jobim, Pixies, Sonic Yoth, muito David Bowie, Television
Tim Maia...

Nino- Bom,vamos indo para o final,tem uma pergunta que eu sempre curto fazer ,se voces pudessem escolher ,como numa maquina do tempo indo do passado ao futuro , 5 bandas para tocar em um palco com voces quais seriam?

Nino- Essa é foda....

Ricardo_Leão -Ahahahahaaha...puta que pariu...Pixies ,Sonic Youth ,The Doors...sacanagem isso hein nino??!!
Nino- heheheheh....falta só duas....

Ricardo_Leão -Cassete...pera que eu não quero ser injusto...

Ricardo_Leão -Beach Boys ,Miles Davis e Neil young essas
Entrariam fácil .

Nino- Eu tenho uma curiosidade : Qual foi a figura que voces encontraram lá fora que mais os deixou atonitos?

Ricardo_Leão -Jorge Ben em Miami Beach....

Nino- E um internacional, tipo que o cara treme em ver...

Ricardo_Leão -Pô esse ano no CMJ a gente viu um show do Heavy Trash num local que cabiam umas 300 pessoas
foi doente.....

SEGUE ABAIXO UM RESUMO ESCRITO A PUNHO PELA PROPRIA BANDA SOBRE A RECENTE TOUR QUE ROLOU LÁ NA GRINGA .
Em outubro de 2009 a banda recifense The River Raid partiu em mais uma odisséia internacional: fazer uma turnê na costa leste dos EUA.
O motivo???
Pré lançamento do disco novo que será lançado em 2010 e o convite para participar do CMJ um dos festivais de cinema e música mais antigos de New York.
O novo trabalho já tem nome “In a Forest” e traz 10 novas músicas que a banda vai lançar no início de 2010.
A turnê passou por diversos estados norte-americanos dentre eles Illinois, Indiana, Geórgia, Carolina do Norte, Ohio, Pensilvânia e Nova York.
Em Chicago/ IL, tocaram num dos principais bares da cidade o Reggie’s Music Joint indicado pela revista Time como umas das 10 coisas a se fazer em 24h quando estiver em Chicago. O show foi muito legal e quem estava na platéia foi Jimmy Rogers, músico e produtor dos anos 70 que veio cumprimentar a banda pelo desempenho no placo e pelas composições no final do show. Naquela noite estava acontecendo no local a gravação de um programa de Tv que a banda terminou sendo entrevistada.
De Chicago a banda partiu rumo a Indianápolis e tocou numa taverna cheia de história. O Vollrath é um local muito antigo e Matt (gerente do local) fez um pequeno tour contando os “causos” e histórias depois do show. O bar foi construído na época em que os EUA passavam pela lei seca e é cheios de passagens secretas utilizadas para esconder bebidas alcoólicas e por onde os gangsters costumavam escapar da polícia, segundo Matt, Al Capone e John Dillinger costumavam freqüentar o local na época.
A banda seguiu viagem, em Athens/GE tocou no Go Bar, onde foram informados que um dos proprietários do local é o vocalista do REM Michael Stipe.
Em Nova York se apresentaram no CMJ, o renomado festival é conhecido por ter revelado nomes importantes da música.
CMJ significa College Music Journal e é uma espécie de “chart” das rádios universitárias americanas.
A noite estava com a clássica atmosfera rock’n roll de NY e a invasão pernambucana não perdoou, os shows do The River Raid e Sweet Fanny Adams fecharam a noite e chamaram a atenção de quem estava no local, numa festa organizada pelo CMJ, Apex Brasil e a BMA celebrando o ano da França no Brasil as bandas recifenses mostraram que o Recife é Rock.
Ainda em NY foram indicados pela diretoria do CMJ para gravar 02 músicas no The Cutting Room, estúdio que já gravou bandas como Red Hot Chilli Peppers e Run DMC As duas músicas foram gravadas ao vivo para uma propaganda publicitária da empresa inglesa Suspicius Marketing. Foram gravadas Summer do primeiro disco e Shine On do novo álbum.
Antes de retornar para o Brasil, mais uma surpresa receberam um comunicado da Billboard informando que as músicas Summer e Time Up ficaram entre as top 500 do Billboard World Song Contest.
Escrito mais um capítulo da música recifense e brasileira na memória do rock!!!!!!!!!!


http://www.myspace.com/riverraid

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CRACKER BLUES -ENTRE O MEXICO E O INFERNO




A banda paulistana Cracker Blues nasceu da paixão pelo rock sulista americano e pelas raízes do blues e os mestres do blues rock ,passaram um longo período executando clássicos eternizados pelo passado até que as composições próprias foram vindo a tona ao longo do caminho ,a qualidade é indiscutível nas canções do primeiro álbum recém lançado e batizado “Entre o México e o inferno” ,melodias arrasadoras , letras inspiradíssimas e autenticas de quem vive das ruas nas noites entre bares enfumaçados e etílicos caindo pelas madrugadas em busca de mais daquilo que os alimenta,a diversão dos grandes boêmios como um dia foi Adoniram Barbosa entre os cantos escuros da capital paulista em sambas que muito bem poderiam ser grandes clássicos do rock como o Cracker hoje faz, grandes pérolas que narram contos verídicos ,que relatam perdições e preces embaladas a um rock’n’roll de grande estilo ,levei um papo com o vocal ,gente finíssima e agora grande brother Paulo Coruja ,o show de lançamento oficial do álbum rola ainda esse mês ,mais informações dentro de alguns dias aqui no blog ,vamos lá grande Paulo,vamos pedir logo essa cerveja gelada e dar inicio ao nosso bate papo.



Nino-Finalmente depois de quase 10 anos de estrada a Cracker Blues chega a seu primeiro disco ,um momento muito especial para banda ,como vocês estão se sentindo com a chegada deste primeiro filho ?
Paulo Coruja -Rapaz, deu muito trabalho e custou muito sangue, além de várias mudanças na formação durante a longa estrada, mas estamos muito felizes...o disco ficou melhor do que a gente esperava, e passa bem tudo o que a gente queria dizer, o estilo de vida Cracker Blues.

Nino- a banda existe desde 2000 ,começaram como uma banda cover de clássicos de blues ,blues rock e southern rock altamente respeitada , como foi a transição dessa fase para um trabalho autoral?
Nós começamos despretensiosamente, só pra tocar as músicas das quais gostávamos...aí foram aparecendo oportunidades pra shows, e fomos seguindo. Em determinado momento, começamos a fazer versões das músicas que tocávamos diferentes das originais, a dando uma cara própria pra alguns materiais. Aí, quando vimos que tínhamos uma identidade, um estilo de som característico, resolvemos investir, e fazer músicas próprias. Quando vimos que o negócio fluía, gravamos.
Nino- Entre o México e o inferno traz um caldeirão de influencias marcantes,quais as bandas que ao ver de vocês estão mais impregnadas na essência do álbum?
Tem muitas, mas vamos lá: Allman Brothers, ZZ Top, Lynyrd Skynyrd, Blackfoot (esse nós só percebemos depois, hehehe), Robert Johnson, Gov’t Mule, Son House, Eric Sardinas, John Lee Hooker...
Nino- As letras são um show a parte, de onde vocês tiram essa inspiração tão original , como funcionou esse trabalho de composição no disco?
A banda toda tem histórias pra contar, e também ouvimos muita coisa de amigos na noite...muitas coisas das quais falamos realmente aconteceram, então foi só transformar isso uma maneira que pudesse integrar o arranjo. Pesquisei muito Tom Waits, e letras de sambistas brasileiros da antiga, como Noel Rosa e Riachão. Aí, eu mesmo escrevi as letras, sempre com as sugestões dos demais membros da banda, como a Larissa e o Marceleza, e com as frases que captávamos por aí nos botecos...

Nino – E quanto a produção do Edu Gomes ,essa figuraça altamente talentosa da musica nacional ,falem um pouco para a gente sobre essa parceria?
O Edu tinha participado de um projeto nosso, o “Cracker Blues Convida”, aí, nos conhecemos melhor, e o convidamos pra fazer a produção do disco, área na qual não tínhamos experiência. O homem entendeu perfeitamente o que a gente queria, e ajudou a organizar nossa idéias de uma forma coesa, pra dar unidade ao trabalho, sem perder as características da banda nos shows. Chegávamos com um arranjo pronto, aí ele ajudava a podar alguns excessos, e acrescentar passagens pra enriquecer, além de trabalhar os timbres com precisão. É um grande talento, e esperamos contar com ele nos próximos!

Nino- Tocando no assunto das bandas de rock no Brasil atualmente como vocês encaram o fato de sobreviver com a musica em um mercado que se fechou bastante de uns tempos para cá ,principalmente levando em consideração o fato de agora terem um trabalho próprio?
O trabalho próprio te traz um respeito diferente no meio, é como uma identidade, que te credencia a vôos mais altos. Passam a saber o que você tem a dizer. A internet facilitou a divulgação das bandas, hoje qualquer um pode ouvir seu trabalho, mas também dispersou bastante o público. As gravadoras que ainda tem cacife pra lançar bandas estão concentradas em mainstream, as independentes não conseguem se segurar bem, então agora a própria banda tem de correr atrás, e oferecer um diferencial pro público. Não basta fazer música boa, agora temos de ter uma atitude, e saber levar essa atitude ao público, em todas as formas possíveis. O cara deve se identificar com o estilo da banda, mais do que curtir o som, deve ser parte da tua família...é assim que nós sobrevivemos na selva, contando com nossa família Cracker Blues, e caçando as oportunidades....aliás, obrigado por esta oportunidade!!!.

Nino- São Paulo tem gerado muitas boas bandas de rock resgatando fortemente essa veia rock’n’roll vibrante ,tirando bandas como a Tomada e a Baranga que já estão se sobressaindo na mídia e inclusive já dividiram o palco com voces, quais bandas vocês podem citar como nomes fortes dessa nova cena paulista?
Cara, tem muita coisa boa, só que tudo anda meio fechado, sempre o mesmo palco, nos mesmos lugares...posso citar, com trabalho próprio, além destas o Carro Bomba, Pedra, Daniel Kid e os Rockers, muita coisa! Apesar de não ser paulistana, cito o Bando do Velho Jack, do Mato Grosso do Sul, uma de minhas bandas favoritas, junto das anteriores! Um dos meus sonhos é rolar um festival de verdade, grande e bem feito, pra botar esses caras todos no mesmo palco e fazer o barulho que eles merecem.
Nino- Voces falam em influencias de citações da noite paulistana nas composições do disco ,falem-nos um pouco sobre isso?
Quando você convive com a noite paulistana (fora dos lugares da moda, claro), você ouve histórias e convive com figuras lendárias...além, é claro, de vivenciar situações que não são exatamente normais. Sim, numa letra falamos do gerente de uma casa, digamos, de “relaxamento muscular masculino”(citação do Marceleza), e realmente um familiar próximo meu foi gerente de uma. O whisky Made In Asunción, o bom dia do saco de pão, todos nós passamos por isto....o amigo que tatuou o nome da namorada (alguns tatuaram o rosto delas), e as piadas que surgiram disto, a ressaca de segunda. Falamos da realidade que nos cerca, e quem ouve a Cracker compartilha do que falamos, hehe!

Nino- Quais os planos da banda a partir do show oficial de lançamento do disco , que pelo jeito vai ser uma grande celebração...
Esperemos que seja um grande show, e que a família Cracker envergue com orgulho seus chapéus e botas, afinal de contas vamos invadir o Bourbon Street !
Estamos trabalhando no nosso clipe de Velha Tatuagem, que deve sair depois do carnaval, e pretendemos tocar até sangrar os dedos, além de compor mais, pra já preparar o segundo disco!

Nino- Vocês sempre se dedicaram exclusivamente a Cracker ou durante essa década de estrada também participaram de outros projetos?
Antes da Cracker, todos tivemos muitos...agora, às vezes participamos de outros projetos como instrumentistas, por exemplo, o Marceleza faz guitarra em alguns, eu gravo algumas gaitas pra outros. O Gaucho tem outra banda, a Garagem Hermética, excelente, por sinal, que está voltando à ativa. A Larissa eventualmente participa de outras como convidada, e assim seguimos. A Cracker toma bastante tempo.

Nino- Quais discos para o pessoal da Cracker blues são obras sagradas que a geração de agora não deveria deixar de ouvir ?
Meu rapaz....essa pega! Tudo do Allman, do Hendrix, do ZZ Top, do Lynyrd, do Stevie Ray Vaughan, do Robert Johnson, do Gov’t Mule...tá....pensando em álbuns: Allman: At Fillmore East, Lynyrd: Pronounced 'lêh-'nêrd 'skin-'nérd, Robert Johnson : Complete Recordings, ZZ Top: Tres Hombres, Eric Sardinas: Treat Me Right, Dave Hole: Whole Lotta Blues, Johnny Winter: Second Winter, Scott Henderson: Dog Party, Stevie Ray Vaughan: Live at El Mocambo, Willie Dixon: Boss of the Chicago Blues, George Thorogood: Anthology, Hound Dog Taylor: Release the Hound, The John Butler Trio: Grand National, John Mooney: Dealing With The Devil, Koko Taylor: Koko Taylor e Friends, Motörhead: March or Die, Casa das Máquinas: Casa do Rock, Tutti Frutti: Fruto Proibido, tem um monte…

Nino- Na Markadiabo a gente tem uma caracteristica um tanto antropólogica de colocar na roda bandas q não atingiram o devido reconhecimento mas que consideramos pérolas sonoras quais bandas que não atingiram o mainstream vocês consideram mais legais ?
Acho que o Eric Sardinas tem bastante a dizer, na linha Johnny Winter. O Gov’t Mule não tem o reconhecimento que merece, é uma das maiores bandas do nosso tempo...tem o North Mississipi All Stars, o Delta Moon, The Blasters, Molly Hatchet, Blackfoot...
Nino- Ainda vai rolar algum cover nos shows ?
Sim, ainda fazemos alguns. Pensamos no Gov’t Mule: quando eles fazem covers, e eles fazem bastante, sempre soa Gov’t Mule...é isso o que queremos fazer, covers com cara Cracker Blues.

Nino- Qual musica mais rolava um feed back ,um frenesi quando ainda eram uma banda tocando clássicos das antigas?
O pessoal gostava da Voodoo Chile (Hendrix), da My Head is in Mississipi (ZZ Top), da Minha Vida é o Rock’n Roll (Made in Brazil), da Midnight Rider (Allman Brothers) mas agora os hits são as próprias.

Nino- E no trabalho atual,quais musicas mais tem despertado a euforia do publico ou das pessoas que já tem acesso ao disco?
Velha Tatuagem, com certeza a mais “cantada” pelo público, Whisky Cabrón (a mais porrada), Blues do Inimigo (a preferida de muitos no disco, depois da Velha) e Bolero Maldito (o country sanguinário, hehehe).

Nino- Se a banda pudesse voltar no tempo e ser escalada pra participar de um festival com cinco bandas ,quais seriam as outras quatro?
C..., essa é perigosa. ZZ Top, com certeza, Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd, Blackfoot e Charlie Daniels Band. Mas eu só assistiria, hehehe...essa é a minha preferência, os demais Crackers podem ter outras.

Nino- Quais bandas de blues no Brasil vocês consideram mais relevantes ?
De blues, acho que o Blues Etílicos, o Celso Blues Boy, o André Christovan, o Irmandade do Blues, Blue Jeans e Big Alambik. Essas são as que tem mais história. Mas tem muita coisa boa, além delas...e bandas que não são de blues, mas tiveram relevância em algumas músicas no estilo, como o Cazuza.

Nino- Como é viver a banda de maneira independente no Brasil ,o cara consegue sobreviver só com seu próprio trabalho como musico,como é o dia a dia de voces?
A Cracker se paga sem problemas, mas ainda não podemos depender apenas dela para viver, esperemos isso pra breve. Trabalhamos com outras coisas, também, e ensaiamos semanalmente, fora os shows.

A Cracker Blues agradece muito ao Nino e à Marka Diabo pela oportunidade , pela força que eles dão às bandas nacionais, e pelo estilo das camisetas, que achamos do c...!! Convidamos todos aos nossos shows, e quando estiverem lá, usem com orgulho seus chapéus, botas e camisetas Marka Diabo, que eles são dos poucos que vivenciam o Rock’n Roll nessa selva!!!
Grande abraço!!


obs: Hoje a banda já prepara-se para compor o novo albúm e o mestre Paulo Coruja é integrante oficial da equipe da Marka Diabo, como nosso principal desenhista.

MAQUINARIA FESTIVAL- 7 DE NOVEMBRO 2009-SÃO PAULO










Ampliando nossos tentáculos em ambito nacional eis que surgem nossos mais novos parceiros jornalísticos, a dupla dinâmica , hoje paulistas residentes , Renato Ribeiro Neto e Roberta Naviliat (mais conhecidos intimamente como Renatinho e Beta ,as cabeças pensantes da excelente banda stoner Staut).
O primeiro desafio foi cobrir para a gente a estréia do Festival Maquinaria que rolou em Sampa , já que o segundo dia não faria tanto nossa cabeça com exceção da escalação fora de órbita do grande Danko Jones em meio ao Panic at the Disco e o Evanescence ,minhas desculpas aos milhares de fans das duas bandas, mas o Danko era ao meu ver só o que nos interessaria, gosto é gosto.
Bom, mas sem mais delongas vamos a narrativa relembrada com emoção pelas mãos e mente da grande Beta e tudo começa em um...


Dia Feliz!!!

Sabe aquele dia que você acorda e diz “É hoje...”, pois é, era o dia do Máquinaria Festival 2009. Nação Zumbi, Sepultura, Deftones, Jane’s Addiction e Faith No More, ta bom ou quer mais?
Um dia antes, já sofríamos a ansiedade de chegar logo, de como seria, será que iria dar tudo certo com nossos ingressos?
Tinhamos descolado as entradas por meios diferentes para a área vip, com uma provável promessa de acesso aos bastidores , roer as unhas era pouco ,elas simplesmente desapareceram de nossos dedos...
Bom, saímos as 10:30 da manhã de casa (Suzano – SP), para estarmos na Galeria do Rock ao meio dia pegando nosso parceirão Toninho (presidente do fã clube do Sepultura) e sairmos em busca do dia perfeito no meio de um engarrafamento no centro de São Paulo em um de táxi, então pegamos o corredor dos ônibus e em meia hora estávamos desembarcando na ENTRADA VIP do Maquinaria.
Ligação vai, ligação vem, brilhou os ingressinhos, graças aos mais desejados contatos do festival que só nosso mano Toninho pode conseguir.
Beleza, fones salvos no nosso celular, todos aqueles contatos que não teríamos jamais a cara dura de ligar, nem pra ouvir atender e desligar seguimos felizes da vida, com entrada Vip de Convidados, adentrando na tão falada “Chácara do Jockey”.
Primeira coisa a se fazer quando passamos pela segurança, abrir a mochila e deixar babando quem estava de fora pelas camisetas da Marka Diabo, fornecidas pelo nosso brother, Nino Lee, para presentear o Sepultura em grande estilo, depois de alguma demora entre não amassar demais as camisetas e nossas coisas, ainda achamos um espacinho na muchi para a bandeira de três metros do Sepultura (amiga inseparável do Toninho) que não poderia faltar no show!!!!
O Nação já estava tocando, começaram as 15:00hs, mas não deu tempo de assistir, já era a última música quando entramos e era longe pra chegar, deveria ser umas 16:00hs quando entramos, um calor de nem sei quantos graus e a vontade de dar um mix foi maior do que qualquer coisa, porque por mais que voce diga que vai deixar pra mais tarde a canha, quando passa aquele carinha da “Cerveja geladinha” , acabou promessa de se segurar, é que nem macaco correndo atrás da banana. Foda, e a barriga cada vez aumenta mais...
Todo mundo falando super bem do show do Nação, chegamos até o banheiro (graças a Deus) e no intervalo de cada banda, na pista, tinha um palco alternativo com bandas locais, bem legal, e por isso pensávamos que iria demorar um pouquinho pro Sepultura entrar, que nada, só deu tempo mesmo foi de pegar uma gelada e correr pro nosso posto, ÁREA VIP =>.
Sepultura tocando e chegamos com a bandeira em punho, HHHAAAAA, foi massa demais, Sepultura sempre da um show de tudo, até da simpatia do “Alemão” (forma carinhosa do Toninho chamar seu cumpadi Andréas Kisser) em agradecer a presença de todos e em especial “Toninho e os verdadeiros fanáticos por Sepultura”, que honra Hein?
Ao nosso lado, os três filhos do Igor Cavalera no maior estilinho Max e Igor crianças, lindos e Rockeiros por Natureza, só vendo.
Destaques para músicas do cd novo A-LEX, como “What i Do!” e “Moloko Mesto” (baseadas na obra de Stanley Kubrik, o eterno Laranja mecânica), entre outra clássicas que levanta qualquer defunto, o show foi bom demais.
Sem mais delongas, fim do Sepultura e o palco estava sendo organizado para entrada da tão esperada DEFTONES (banda que somos fieis de carteirinha).
Com uma tentativa frustrada de entrar no camarim, mesmo com o Toninho, pois os grandes Sepultura eram convidados do festival e não faziam parte da organização, não conseguimos entrar pelo portão altamente disputado e fiscalizado, aguardamos ao próximo show!
Havia uma leve frustração no ar que foi superada com alguns goles de ceva gelada, ao som de mais uma banda no palco alternativo, o sol queimando, quando por uma fração de segundos nos soa aos ouvidos aquele timbre poderoso seguido de uma microfonia ensurdecedora estourando com batera e baixo ,diante de nós o DEFTONES.
Nossa!!! Não estávamos acreditando, eram eles mesmos, com todo o peso que poderia ter.
Tinham um repertório com 30 músicas que variavam entre todos os discos, mas nem sei se tocaram todas, ficamos bem pertinho do palco, na frente do Stephen Carpenter (Guitarra), sacamos na mesma hora uma camiseta da mochila, pensávamos em atirar pra eles, mas estávamos receosos, pois não poderíamos falhar, então optamos pela camiseta da STAUT mesmo e nada mais justo que depois todos os covers que já fizemos de Deftones, pelo menos nesse dia, seria o mais perto deles que poderíamos chegar.
Com a camiseta na mão, chamamos a atenção do Chino Moreno que com um arremesso certeiro, ele apara a Marka Diabo Stautica e coloca em um dos cantos do palco, daí fomos ao delírio, e fica a pergunta que não quer calar “Por onde será que anda a Marka Stautica”?
Ápice do show foi com certeza “Hexagram” levando fãs presentes ao delírio, também com Feiticeira e Changes, entre todas as outras , Head up, 7 Words... e o poeirão que subia a cada roda punk , era lindo de se ver.
Bom, infelizmente eles se despedem da galera, um público estimado em 30 mil pessoas, que acho que foi mesmo, todo mundo faminto e teríamos uma pausa pra levantar as perninhas de rockeiras sedentárias e descansar na área vip, que tinha até rede pra galera curtir o melhor visu possível.
Entre todas as surpresas belíssimas que o lugar nos proporcionou, o destaque foi para infra estrutura do local, tudo que se pode esperar de um festival bem sucedido estava ali, bom, espaço para isso é o que não falta lá.
Comemos pizza com cerveja, pra variar um pouco, a noite cai e começa o show do Jane’s Addiction, bem legal, apesar de não sermos muito fã da banda eles arrebentaram, com um jogo visual incrível, Navarro (guitarra) com seu estilo clássico sem camisa, chapeuzinho e crivo e Perry Farrell (vocalista) com uma roupa de doer os olhos de tão cintilante, tirando todo o foco das dançarinas gueixas que também deram um show.
O show acabou e já estávamos na área vip onde conseguimos bater algumas fotos com o pessoal do CPM 22, gente finíssima o tal Badauí (vocalista), que conquistou o direito de levar uma camiseta da Marka e também Marinho (baixista)do ex Pavilhão 9, e esse sim ganhou com louvor duas camisetas da Marka gostando das mais indemonhadas, como disse ele! Hehehe.
Entre outras fotos com Vips presentes, ceva, pizza, amigos novos e a satisfação de estar ali com tanta gente massa, uma chuvinha passageira não pode deixar de aparecer, assustou o pessoal da produção que estavam organizando o palco para os mais esperados do dia, tendo que cobrir a aparelhagem, mas foi uma chuva de verão, logo passou e mesmo forte por alguns minutos, não conseguiu deixar o local em lama, foi pra refrescar mesmo. Tava muito quente.
O Faith No More subiu ao palco entre 22:00, 22:30, era por ai!!!
Mike Patton com uma roupa de pastor infernal e grarda-chuvas chega na frente do palco arriscando o português e muito carismático, mesmo com todos os palavrões que variaram de “Porra Caralho, Puta que pariu, Sacanagem, Que beleza”, que viraram coro em determinado momento, até engolir o microfone entre outras “cossitas mas” o show foi simplesmente demais, uma sensação de psicodelia e nostalgia era o que todos estavam sentindo, só as clássicas, as Best of...!!!! Show irreparável e recomendável a todos os que algum dia já se sentiram vocalistas de alguma coisa, aquilo é saber fazer um som afinado!! Destaque para os cabelos brancos do Mike Bordin (baterista) que nos faz pensar que não era sonho não, era a mais pura das realidades e o tempo passa.
E foi assim, que Faith No More encerrou a noite, com mais dois bis (ou três), galera ensandecida, festival que só acontece por aqui,Nessa ensandecida São Paulo.

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