sábado, 9 de abril de 2011

Manowar- Battle Hymns 2011 - Excelente regravação do classico

Já que o Twisted Sister não acertou direito na regravação do classico "Stay Hungry", o "Manowar" fez bonito nessa, regravando o primeiro albúm..

O incrível "Fred Banana Combo"

Eu ainda era moleque frequentando a escola , sempre achei um saco mas era obrigado, coisa de desocupado, porque  ser desocupado devia mesmo ser o meu dom, a melhor parte era o tocar da sineta pra ir embora.
Engraçado que quando se faz o mesmo trajeto de volta todo santo dia  a gente acaba  se familiarizando com os outros desocupados que passam pelo mesmo caminho e acaba  rolando aquela brodagem.que começa com um "E ae cara?".
O Leandro Jardim, mais conhecido pela alcunha de "Pupo" era um desocupado maneiro das ruas do meu bairro, o cara viva assombrando encima do seu Skate e eu vivia azucrinando na minha Caloi Cross laranja, eu chegava em casa, batia um rango e me tocava pra "costeira", que é como minha vó chamava aquele que vivia sempre fora da báia (casa) pra encontrar o Pupo e a malucada que vivia em volta dele.
Aos poucos fui ficando mais amigo do cara, ele tinha uma pequena serigrafia na garagem de casa e creio que tenha sido ele minha primeira inspiração a curtir fazer camisetas, a sonzeira rolava sempre, embora eu curtisse metal e punk foi na garagem maluca dele que outros sons foram se agregando na minha "penseira", a especialidade da casa  era a surf music e a new wave real ,sem frescurada.
Desse período da minha vida pelo menos uma banda entrou pro top 50 do meu "the best of" de todos os tempos , a Australiana "Hoodoo Gurus".
Mas a velha vitrola sempre tocava repetidas vezes alguns discos em especial, principalmente do Joe Jackson e do Devo, mas outra banda diferente destas chamava muita atenção por fazer um rock n' roll a lá anos 50 modernizado, o nome da parada era "Fred Banana Combo"  uma banda alemã dos anos 80 ,que eu não sei de onde o cara foi descolar, porque até hoje esse disco é uma das coisas mais difíceis de se encontrar.
Esse grupo lançou tres albúns em sua carreira, mas o disco de estréia era simplesmente sensacional, vibrante, um new wave que puxava para o rock n' roll estilo Cuck Berry com vocais femininos dando apoio volta e meia"Diferente, empolgande e desencanado" seria a descrição mais certa para o estilo deles.
A versão para "Yesterday" do Beatles era insuperável e totalmente nada a ver com a original, foi o som que mais ouvíamos na época, era suficiente para quase furar o disco, o restante das músicas lembravam um pouco o som que o' Revillos" e sua posterior versão mais new wave chamada "Rezillos" tinham como marca registrada.
Talvez pelo fato de serem alemães e estarem em meio á uma acirrada concorrencia mundial das bandas new wave na época ,o Fred Banana Combo não conseguiu o merecido reconhecimento , mas hoje é peça de colecionador e ítem raríssimo de se descolar á não ser que o Pupo resolva me vender aquele velho e saudososo vinil, lembrei disso escrevendo esse texto ,liguei para ele mas ainda não consegui convencer o cara, mas falta pouco.

Picture- "Eternal Dark" e um pouco da história da banda - post dedicado ao meu chapa Fabrizo

O "Picture"  foi uma daquelas bandas que conheci no auge da safra de bandas que invadiram o mundo na sua maioria vindas da inglaterra em meados de 80, bem quando apareceram aqueles discos que se tornaram especiais na minha memória como "The Power and the Glory" do Saxon, "Killers", "The Number of the Beast" e "Piece Of Mind" do Iron, "Overkilll" do Motor, "Manowar" do Manowar, o primeiro do Ozzy, o Diary, o Bark at the Moon, "Narita" do Riot, "See you in Hell" do Crossfire, "Spellbound" do Tygers of pan Tang", "All for One" do Raven, "Night of the Demon" do Demon, "Screaming for vengeance" do Judas, "Mob Rules", "Heaven and Hell " e "Born Again" do Sabbath, "Court in the Act" do Satan, "Night of the Blade" do Tokyo Blade, "Power of the Night "do Savatage,"Virgin Killer" do Scorpions... ou seja aquela penca de discos que faziam a cabeça da meninada na época ,a lista é muito maior que essa.
Descobri o Picture "Eternal Dark" catando as novidades de Heavy na saudosa loja "Pop Som" ,aqui em Porto Alegre, na real eu ia levar mesmo o "Shout at the Devil" do Motley Crue, mas a capa do quarto album dessa banda Holandesa me chamou a atenção, aquela caveira massa só podia conter um puta disco legal e acabei levando os dois e o "Picture" hoje ainda é um dos discos que guardo com maior carinho na minha coleção, porque era realmente cool.
O "Picture" levou a fama de ter sido a primeira banda holandesa de heavy metal, surgiram em 1979 e logo suas performances se tornaram muito populares na Alemanha , Itália , México e Japão.
O culto em torno deles se alastrou muito abrindo turnes do ACDC, Ted Nugent e o Rose Tattoo.
A aclamação publica fez com que asinassem contrato com a gravadora Warner, logo reinscindido porque a gravadora queria reformatar o som da banda para algo mais pop  fazendo com que acabassem no selo Backdoor records.
Apesar do album "Diamond Dreamer" ser apontado como o melhor da banda, algumas mudanças surgiram em sua formação para a gravação do album seguinte ,o meu predileto "Eternal Dark".
O  vocalista Pete Lovell foi recrutado, juntamente com um segundo guitarrista, Henry van Manen dando inicio á uma nova fase na banda, um Picture mais técnico e  menos pesado para os fans, mas ao meu ver muito longe de ser menos legal ,mas o publico não viu com bons olhos, vai saber porque, talvez pela chegada das novas bandas mais agressivas vindas dos Estados unidos.
A formação rompeu-se por completo, por falta de direção,ficando a cargo do  baixista Rinus Vreugdenhil tocar sozinho o projeto da banda, mas durante seus tres albuns seguintes o cara não segurou a parada direito, a banda acabou taxada de comercial e até de hair metal, uma blasfemia para oas fieis seguidores.
A  formação original tentou seu primeiro reencontro em  88, a quimica estava lá ,mas o valor exorbitante cobrado por seu empresario na época fez com que a banda não passasse do show da reunião.
Em 2007 eles reuniram-se novamente com Pete Lovell nos vocais e fizeram alguns shows pela Holanda sendo muito bem aceitos.
A partir de 2008 a formação caiu na estrada em definitivo e um novo album foi gravado "Old Dogs, New,  Tricks", lançado em 2009 com otima repercussão, 30 anos após o começo da banda.
Em dezembro de 2009 Jan Bechtum anunciou sua saida e em 2010 Rob van Enkhuizen também, sendo substituido por Gert Nijboer.
E mesmo com tantos altos e baixos e "Picture" tem seguido firme e forte na estrada e "Eternal Dark" ainda é um dos discos de Heavy mais legais que ficaram para sempre na minha memória.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bloodrock, a vingança quase certeira de Terry Knight

Banda Americana descoberta pelo empresario Terry Knight (que foi responsavel pela vinda dos Stones á America e pelo empurrão e explosão do fenomeno americano Grand Funk Railroad ).
Terry descobriu o Bloodrock após ser demitido pelo pessoal do Grand Funk, levando em conta o faro desse cara já dá para saber que pouca coisa não é.
Lançaram otimos albuns na decada de 70 ,com destaque aos 4 primeiros, que traziam uma cacetada sonora , uma espécie de Grand Funk mais pesado e menos suingado , comparação que nunca agradou a critica , embora seja altamente recomendavel conhecer o trabalho desses caras.
Terry apostou todas suas fichas no poder sonoro do Bloodrock, mas não conseguiu obter a repercussão que conseguiu com o Grand Funk, a batalha judicial entre grand funk e Terry Kight levou anos e segundo ele acabou em um empate técnico, o produtor jamais se conformou com sua demissão do cargo depois de ter estourado o Grand Funk Railroad, uma banda que causava temor até no Led Zeppelin na época.
Para se ter uma noção do tamanho dos caras o show realizado no Shea Stadium em Nova Yorque,  55.000 ingressos se esgotam em míseras 72 horas! O recorde anterior pertencia a ninguém menos que os Beatles, que venderam o mesmo número de ingressos só que em 80 dias!
  • Bloodrock- Capitol ST 435 - (1970) U.S. #160
  • Bloodrock 2- Capitol ST 491 - (1970) [RIAA Certified Gold January 3, 1990] U.S. #21
  • Bloodrock 3- Capitol ST 765 - (1971) U.S. #27
  • Bloodrock U.S.A.- Capitol SMAS 645 - (1971) U.S. #88
  • Bloodrock Live- Capitol SVBB 11038 - (double album) (1972) U.S. #67
  • Passage- Capitol SW 11109 - (1972) U.S. #104
  • Whirlwind Tongues- Capitol SMAS 11259 - (1974)
Jim Rutledge (vocals)
Lee Pickens (guitar)
Ed Grundy (bass)
Stevie Hill (keyboards)
Nick Taylor (guitar) (died 2010)
Rick Cobb (drums)

O TELEFONE - CONTOS DE NINO LEE

São quase nove da manhã e o telefone ainda não tocou, quando eu chego no trampo é de lei pegar um café preto no boteco do Esmeraldo e sentar na mesa do fone atendendo as ligações antes de cair em minhas funções. Mas essa porra do telefone ainda não tocou hoje. Será que tá com defeito?, difícil. Ou quem sabe hoje não seja o dia em que a terra parou? Difícil.
Porém isso me fez pensar em algo, e pensar é algo que eu tenho feito muito por aqui,nessa época “changes” da minha vida, se fosse pra esse telefone tocar, quem eu gostaria que ligasse pra mim, numa manhã pálida como essa?
Alguém que me ligasse e de repente mudasse tudo ao meu redor depois da dita ligação. Algo que transformasse o resto do meu dia numa incerteza cruel de que aquela ligação fora real ou não e no que isso poderia mudar, ou não, a minha vida.
Me veio a tona pensar primeiro em quais ligações eu recebi e que foram
verdadeiramente impactantes na minha vida. (noticias tristes não contam) alguma ligação que conteve palavras que mudaram alguma coisa no meu mundo.
Uma delas acho que não dá pra esquecer e foi algo que além de virar a minha vida de cabeça pra baixo ainda levou junto cinco amigos meus na enxurrada do impacto que ela causou.
Eu me lembro bem, como se fosse hoje, embora tenha sido há muito tempo atrás, sentado na mesa da loja onde eu trabalhava lá nos primeiros anos da década de noventa (do Nirvana, Soundgarden, Alice in chains e outras coisitas mais), quando o bendito telefone tocou e era pra mim, as primeiras palavras do outro lado da linha foram: E AÍ,VELHINHO? (o restante daquele papo já rendeu seis discos e muita ,mas muita historia pra contar) não era o Pernalonga na linha, era o “gordo” Carlos Eduardo Miranda, um cara que na época era o olho do furacão do rock brasileiro, a imponência da imponência em termos de figura respeitada no cenário independente artístico nacional e ele tinha acabado de dizer que nós (se aqui ninguém ta ligado, tínhamos uma banda chamada Maria do Relento e tocávamos a zueira pelo nosso estado naquela época, nosso material estava nas mãos dele,assim como o de 99% das bandas nacionais que sonhavam com um disco e a tal “fama”) estávamos oficialmente contratados pelo seu selo ligado diretamente a uma das maiores multinacionais do país, uma historia liderada por ele e os Titãs, o mesmo selo que bem pouco tempo antes tinha revirado a cabeça da gurizada com uma banda chamada RAIMUNDOS.
Aquilo era, e ainda é, o sonho de qualquer banda que se preze. Aquela ligação me deixou atônito, sem palavras, incapaz de avaliar a grandiosidade daquilo que eu tinha acabado de ouvir.
Depois daquela ligação as nossas vidas nunca mais foram as mesmas.
Nossa história com o Miranda não durou tanto, uns dois anos e pouco de convivencia e aprendizado mas foi suficiente pra nos levar longe, longe demais do lugar onde estávamos, lugar esse, que talvez nem tivéssemos conseguido chegar se não fosse pelo telefone ter tocado aquele dia...
Mas afinal, quem eu gostaria que, agora, nesse exato instante fizesse esse maldito telefone tocar numa ligação feita pra mim, em pessoa?Acho que a resposta nesse caso é bem fácil de saber, é lógico que só poderia ser o OZZY, imagina se o OZZY me ligasse gaguejando e balbuciando uma coisa qualquer mesmo que eu não entendesse patavina nenhuma, ou talvez o Lemmy grunhindo algo do tipo "rhoar, rhoar, rhoar, you wanna be my roadie, rhoar?
Isso já valeria pelo resto da minha existência, nessa xarope manhã de segunda feira.
E você ,quem gostaria que te ligasse, por mais surreal que pudesse ser o seu desejo?
Mas a merda é que o outro telefone, nesse caso, o meu celular, não toca quase nunca e quando toca é sempre alguém do escritório me pedindo pra fazer alguma coisa pra eles.
Se fosse pra escolher uma ligação mais real, eu escolheria a de um sujeito qualquer que me ligasse dizendo que esse conto ta bacana , que as idéias aqui do blog estão legais... mas enquanto essa ligação não vem...o negócio é ficar esperando essa porra de telefone tocar.
Alguns segundos de silêncio na minha cabeça e de repente a porra do telefone toca...não era o Miranda, nem um sujeito qualquer conectado nas minhas ideias, nem muito menos o OZZY...era o chato do seu Genovencio, perguntando se a porra do documento do carro dele tava pronto, dali pra frente o fone não parou mais de tocar, e a merda é que nenhum era pra mim.

Obs: Esse conto ridiculo foi escrito quando me auto exilei em Tubarão Santa Catarina após colocar um ponto final na minha historia com a Maria do Relento por motivos de doideira mesmo, incapacidade de lidar com tanta rotatividade e as consequencias daquilo tudo após as turnes dos tres albuns que gravei com eles ,dá pra perceber que fui parar num escritorio que lidava com documentações ,foi uma diferença e tanto,mas salvou minha sanidade e recomeçou minha vida .

A CABEÇA DO DOUTOR ROCK’N ROLL -CONTOS DE NINO LEE

A CABEÇA DO DOUTOR ROCK’N ROLL

Tudo estava radiante pra mim naquela noite fria, afinal eu seria o dj, finalmente, da festa rock n’ roll naquela casa chiquerrima  e top da cidade onde por esses desvios da vida eu havia parado naquela época, mal sabia eu o que estava por vir...

Nos meus discos, entre opções psicodélicas, funks 77 pesados, brit pops, glams rocks, punks jurássicos e modernóides optei por rockões dos anos setenta que entre os petardos disponíveis poderia agradar e me tornar por uma noite o rei do pedaço, o "doutor rock n’ roll" em pessoa!!!

A casa estava cheia, cheia de patricinha e magal (magal para quem não sabe eh como a gente apelidava os playboizinho filhinhos de papai) todos dançando alegres e faceiros ao som da hora do dj residente que esquentaria as turbinas pra entrada colossal do "doutor rock n’ roll", como anunciado no cartaz da festa.

A hora chegou, apresentada a atração da noite, lá vou eu feliz da vida dando um play em godzilla do "Blue Oyster Cult", um rockaço.Nos primeiros dez segundos da musica veio o choque: o publico estancou como se estivesse brincando comigo de stop, todo mundo me fitou e eu me senti como o Frodo olhando no olho do Sauron, olhando nos olhos daquela gente...engatei a segunda:”Gimme all your love” do ZZ top e as vaias começaram a explodir, ”Hold Back The Water”, disparada em seguida poderia causar um frisson como causou naquele baile irado de Cidade de Deus, triste engano, foi justamente ai que entra na cabine um brutamontes metido a badboy com cara de baby johnson gritando e rosnando por uma tal de “créu”, toca um “Créu” ae meu, e segurando um machado nas mãos decepa violentamente um de meus braços... sangrando muito e com uma dor extrema não me faço de rogado, afinal o rock haveria de vencer, tasquei um "Hair of the Dog” neles, aquele rockaço do NAZARETH e o publico parecia começar a distorcer suas feições como numa cena de “Um drink no inferno”, pedras pontiagudas começaram a ser disparadas em minha direção, assim como pedaços de pau com pregos encravados, machucado pelos instrumentos de tortura medievais mal conseguia me esquivar da ira da multidão quando dois pitbulls raivosos e três poodles do inferno saltaram sobre mim e começaram a devorar minhas pernas enquanto o publico urrava por “pagode” toca um pagode ae seu filha da puta!!, rosnava a multidão monstruosa e impiedosa.

Destroçado, esvaindo, sem braço e já sem minhas pernas me negava a morrer e em homenagem a isso mandei o play em ”Never Sae Die” do Sabbath,enquanto o coro da multidão, que mais parecia um ensurdecedor uivo de lobos sanguinários suplucava por um tal de Luan Santana...

O publico havia se transformado em demônios colossais e dementes, um deles com quatro metros de altura dotado de asas de morcego e dentes de tubarão usando um imenso botom com a capa do disco da novela das oito avançou sobre mim enquanto eu, desmembrado, arriscava um “Rock Bottom” do Ufo, puro tempo perdido cutucando onças com vara curta... e ainda não tinha nem sequer rolado um ACDC, quem sabe um ACDC ou um DETROIT ROCK CITY... mas ali estava eu naquela noite que era pra ser memorável, o retorno do rei! do rei do rocknroll... ali, sendo dizimado pelas seqüelas irreversíveis deixadas pela radiação mortal e horripilante da massificação e lavagem cerebral imposta a essa moçada sem passado e sem raiz. Devorado dantescamente finalmente perdi os sentidos e apaguei por um momento, tudo escureceu, imaginei se tratar de um pesadelo.
Mantive meus olhos fechados por um tempo, mas ao abri-los percebi toda a realidade que me circundava, restava apenas a minha cabeça jogada no chão sujo de copos amassados cheirando a cerveja choca e rodeado de guimbas de cigarro, numa poça de sangue vertida de minhas veias que outrora correram livremente ao som de Beatles e Stones assim, assim como a explosão de todos os movimentos culturais que presenciei no universo alucinado do rock n’ roll, visões de meu primeiro vinil, o Blizzard do Ozzy, o impacto dos Pistols, dos Dead Kennnedys, dos Ramones, a densidade envolvente de um Closer do Joy Division, a revolução do Nirvana, a volta ao passado pelas caixas dos Nuggets, o arrebatamento chique de um "Ok Computer", a porra louquice de um Iggy pop, o quebra-quebra de um Monumental The Who, as fantásticas bandas setentistas, o amor pelo Motorhead... tudo era tão apenas fragmentos na minha mente, meus discos estraçalhados no chão, a festa tinha acabado ou eu eh que tinha acabado com a festa?

Mas eis que de repente percebo não estar só, um ruído vindo do lado esquerdo de minha pobre cabeça me fez notar que havia mais alguém ali ...do outro lado da pista outra cabeça jazia viva, de rosto surrado, barba mal feita cabelos desgrenhados e fétidos, me gritava lá do outro lado com a boca escancarada quase cheia de dentes: TOCA UM RAUL AI, VELHO?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bandinha interessante


THE LENINGRAD COWBOYS SÃO UM BANDO QUE VEM LÁ DA FINLANDIA E ESPECIALIZARAM-SE EM PARODIAR CLASSICOS DO ROCK DE MANEIRA ABSURDA ,OS CARAS CHEGAM A TOCAR VESTIDOS COM ROUPAS DO EXERCITO SOVIETICO E USAM TOPETES KILOMETRICOS.
CRIADOS INCIALMENTE PARA REPRESENTAR UM FILME BASEADO NOS MONKEES EM 1989(LENINGRAD COWBOYS GO TO AMERICA)OS CARAS EMPOLGARAM-SE TANTO COM A REPERCUSSÃO POR LÁ QUE DECIDIRAM LEVAR A HISTORIA ADIANTE ,A FORMULA MISTURA POLKA SIBERIANA E ROCKNROLL SOMADO A UMA QUE OUTRA INSANIDADES AQUI E ALI.
DE 1980 PARA CÁ JÁ SOMAM-SE 14 DISCOS,UM MAIS IMPAGÁVEL QUE O OUTRO ,TAÍ UMA BANDA QUE VALE A PENA CONHECER SE VOCE PROCURA COISAS DIFERENTES DO COMUM,DO CONTRARIO PODE DAR CAIMBRA SE VOCE ESPERA O MAIS DO MESMO.

O Rock só foi verdadeiro quando louco de pedra motivo da eternidade dele mesmo


























































Alguns dizem que o rock começou com os Stones e morreu no ultimo show dos Guns'n'roses com sua formação original ,não deixa de ser verdade,de certa forma. O rock que atingiu o mundo como um cometa era uma novidade oriunda de outras novidades mescladas em sí mesmo, um coquetel de celebração movida a muito sexo,drogas e rock'n'roll ,nada mudará isso . O Nirvana foi o ultimo fenomeno dentro do rock ,afinal,foi uma banda de tematica e atitude punk que desbancou Michael Jackson das paradas pAra todo o sempre meio sem querer , mas que acabou com um tiro na propria cabeça e esse parece ter sido o ultimo suspiro de uma geração que pariu icones que explodiram com a força de mil bombas atomicas ,mas ora bolas ,o que houve de rock na atitude de Cobain ,isso não precisava ter sido assim. O bom e velho rock'n'roll nunca foi uma ode ao pessimismo ,mesmo que auto destrutivo ,o rock em seu estado bruto sempre buscou a celebração a sí mesmo ,uma agitada e alucinada festa tribal ,caligula ,decameron , exagero , excentricidade, brilhantismo, grandes discos, eternos discos,canções que ultrapassarão a barreira do tempo até o fim dos dias ,festejo absoluto ,todo esse elogio a sua loucura e isso tudo somatizado diante de multidões hipnotizadas que jamais serão vistas novamente por ae como foram nos dias de gloria desse tal de rock'n'roll, excetuando-se os dinossauros que ainda caminham sobre a terra e merecem respeito pela integridade sonora preservada e a continuação de um ritual ancestral.
Eu não to aqui para mandar ninguem sair por ae atras de heroina,cocaina,bola,cola,acido, crack ,ou seja lá o que for ,conserve sua vida como voce achar melhor ,só to dizendo que o que mata o rock é a caretice que isso tá, é toda essa formalidade, toda essa bobajada em série que escuto e vejo por ae nas ruas,nas tvs , nas radios e que a meninada tá absorvendo como rock ,hoje eu vi um emo e me auto perguntei,onde será que ele mandou fazer aquele cabelo?? aarrghh,blerrrghhhh... Meus heróis foram plebeus não eram nobres ,nunca nasceram para serem principes de cavalo branco, eram sim irresistiveis cafajestes que sobrepondo esse lado cretino de muitas dessas personalidades ostentavam a musica mais reluzente do que o mais puro ouro,ouro que não ostentou seus berços ,muitos comeram o pão que o diabo amassou ,outros venderam sua alma ao proprio e todos entregaram-se de corpo e alma para que o rock os levasse até onde pudessem chegar . Puta que pariu,o cara liga a tv e ve uma propaganda do seriado dos tais Jonas Brothers enfatizando o quanto será rock'n'roll o negócio ,e o que dizer de todo o resto fast food absoluto?
E esses marionetes ficticios usando anel de castidade(que porra é essa?)jurando sexo só após o casamento e isso com milhares de garotinhas com aquilo em chamas lá em baixo berrando para serem suas no momento em que eles quiserem ...que que é isso meu chapa? Tá certo,tem milhares de bandas bacanas por ae com o rock no peito ,fazendo sonzeira de respeito ali no submundo e voce tem de busca-las nessa escuridão... só to trazendo á tona na minha mente o filme de uma época,pena que uma pelicula,ou uma lembrança não poderá ser capaz de reviver tudo de novo e nem será capaz de ter a mesma genial loucura . Não é a Amy Winehouse se arrastando rastejando em busca de mais trago entre as mesas dos clientes de algum bar como uma débil mental ,sem continuidade do talento não haverá mais vida artistica para ela ,havia isso no Led,no Who,no Sabbath ,Nos Stones,no acdc...mas a força da musica conseguiu superar tais barreiras ,eram verdadeiros monstros do historia do rock encorporando o que ainda era puro em seu feeling ,mas pobre Amy,ou esses Pete Doherty da vida ,tá tudo oco se a gente achar que isso é rock'n'roll . Então o dia do rock é como o dia do indio...um dia dominaram,foram reis nessa terra , e hoje pisamos sobre suas tumbas

com a maior cara de pau ,cretinice e hipocrisia ,os indios que sobraram vestem bermudas de futebol piratas e morrem bebendo cachaça do homem branco que os fez de otario condenando-os ao fim para seus proprios beneficios,esse rock de hoje é como isso ae e assim se dedica um dia a eles.... Para mim,todo dia continua sendo igual porque roqueiro eu serei até o final.Um belo foda-se para a grande banda que nem começou e já chegou ao seu final.

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