sexta-feira, 30 de abril de 2010

LEMMY ,THE MOVIE - ANDA LOGO PORRA!


Quando será que teremos uma previsão sobre o lançamento ou algo que o valha sobre o filme do mestre Lemmy??
os comentarios sobre o filme são os melhores depois da estreia em alguns festivais de cinema independentes lá fora, isso só aumenta a vontade de ver essa porra logo de uma vez.
Caso voce não viu, como a maioria de nós não viu, deixo uma dica caso alguem não saiba e se voce procurar bem procurado vai encontrar pela internet outro documentario fodão do Motorhead pra dar uma acalmada nos seus nervos.
"Live fast ,die Old" ,é uma bela demonstração do que é a vida do Lemmy e sua banda na estrada com takes da doida casa do cara , belas cenas em puteiros , muito trago ,substancias i-legais e o classico desbocado Lemmy style pra ninguem botar defeito, vale a procura.
Achar legenda pro bagulho é osso duro então o mais indicado é fuçar pela versão com legenda em espanhol ,pelo menos o cara até entende alguma coisa, senão o lance é curtir as figurinhas mesmo.

BROKEN TEETH- VIVA LA ROCK ,FANTASTICO!



Bandaça de rock'n'roll explosivo vinda lá do Texas ,um pé no punk ,um pé no metal ,um pé no hard como ingredientes nesse puta disco recem lançado chamado "Viva la rock,fantastico!".
Destaque para a participação do mestre Danko Jones na faixa titulo, isso ae vagabundagem vamo detona essa porra , vamo parar de choradeira ,viva la rock ,fantastico!

Veja o clipe da faixa titulo no you tube ,digita lá,to com preguiça de postar aqui..vou pegar uma ceva...ou quem sabe tomar aquele restinho do jack daniels..

LOS BASTARDOS FINLANDESES - EITA BANDA DU CARALHO!



Esse pirados vem da Finlandia,já botaram tres albuns na roda e são uma especie de Motorhead muito doido com pitadas country e canções grudentas pra mais de metro, não tem como não chapar!!
Puta dica meu chapa!!

sábado, 10 de abril de 2010

LESTER BANGS E O ROCK ,TAL COMO " ROCK É ROCK MESMO" , AFINAL, AINDA ESTÁ VIVO?



Se vivo, o que Lester Bangs diria do atual panorama do Guns n’roses e das bandas que hoje ainda resistem ao tempo?
Conhecido por defender o rock em seu estado mais bruto e visceral, Lester quando quis foi honesto e impiedoso ao disparar sua ferocidade até mesmo contra seus próprios ídolos por não aceitar transformações que em sua visão os afastavam da essência que fez com que eles fossem dignos de sua reverencia.
Não sei e nunca saberei o que ele pensaria a respeito da explosão do Guns e sua época dourada ,talvez ele preferisse o Nirvana, mas certamente se pudesse escolher um momento entre a fase áurea e a atual da banda de Axl , com certeza ficaria com o que representava a banda em seu estado mais brutal e selvagem,o espirito mais puro, a novidade e o frescor de algo que ali rompia barreiras ,um mito transgressor e delinqüente , mesmo que logo em seguida essa transgressão acabasse envolta em toda pompa que ele tanto detestava no rock , as garras da industria que ao seu ver matou a pureza da musica que ele mais admirava ,o sentido de uma obra de arte maldita mas irresistível e de impacto irreversivel no cerebro das pessoas.
Hoje Axl ainda está ali vestido em seu manto de excentricidade e as pessoas que lotaram os shows da turnê na américa latina também estavam lá , mas será que estavam lá pelo que o "Guns" é hoje?
Pensando como Lester eu diria que todos que estavam diante de Axl e sua nova banda vibrando com clássicos que moldaram uma geração , ali se encontravam porque o rock está morto,de certa forma.
Antes de me crucificarem por estas palavras deixem que eu possa explicar meu pensamento, afinal em bem pouco tempo tivemos antológicas apresentações de Ozzy, Acdc, Metallica , Iron, Motorhead... o que gera certa incoerencia em minha teoria , mas uma coisa é certa, todos nós estávamos lá pelo que eles passaram a representar um dia em nossas vidas e a partir dali eternamente.
Temos nestes grandes expoentes do rock algo a nos apegar com unhas e dentes e não é nada relativo ao que as bandas são nos dias de hoje em termos de criatividade elas são o que representam por fazerem parte de todo nosso insconsciente popular, se fossemos como Lester, na época de Lester, teriamos razões de sobra para nos dividir em inúmeras opções a criticas , sua época pariu todas as vertentes divisórias e vibrantes do rock , do beat a psicodelia ,do hard ao folk rock , da chegada da musica pesada a new wave of british heavy metal,a explosão do punk rock ,da new wave, do progressivo , do glam rock e consequentemente todas as cagadas que um dia muitos destes artistas cometeram, por estarem acorrentados a um posição no ranking de vendagens.
Mas ,afinal , porque dar a cara a tapa ao concordar com a opinião de Lester de que o rock está morto?
Porque , assim como ele, concordo com o fato de que a industria o matou , afinal, que chances temos de ver a historia de alguma destas bandas acontecer novamente com o impacto que tiveram ,que chance há ?
Para nós se tornou irrelevante apontar falhas , formas físicas caóticas, não ver as bandas em seu estado original , suportar atrasos dantescos, chiliques, hipocrisia, grana , caça níquel , ou seja lá o que for que possamos desconfiar não estar certo ,isso pouco nos importa quando há a chance de vermos algo que ainda carregue algum sentido da palavra rock em si mesmo ,mesmo que seja na celebração da memória .
Talvez Lester estivesse em algum porão assistindo a algo transgressor se ainda fosse vivo nos dias de hoje, mas transgressor a que?
Tudo o que há , por mais radical e indiferente que possa ser carrega fortemente o DNA de alguém impresso em uma personalidade que acaba comparada, portanto Lester também acabaria se contradizendo se estivesse em nossos dias ,não há nada novo realmente no front.
Para finalizar, termino dizendo que não sou e nem chego perto de ser como Lester Bangs e sendo o que sou vou criar aqui minha nova tese e que é a realidade de milhões , o rock sempre estará vivo em nossa memória enquanto mantivermos vivo o culto em sua homenagem e enquanto tudo se pareça realmente como uma grande, imbatível e emocionante religião.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A HISTORIA DO ANVIL


A efervescencia de minha iniciação ao rock verdadeiro começou a virar doença em meados dos anos 80 com a explosão da New wave of british heavy metal na inglaterra, eu era um dos chamados metaleiros , a ridicula alcunha gerada após o primeiro rock in rio ,hoje em dia o fã de musica pesada é tratado de maneira mais decente ao receber o codinome de metalhead.
Naquela epoca tinha uma puta safra de bandas despontando ,toda e qualquer novidade que surgia nas paginas xerocadas da rock brigade virava febre ,em um momento daquele periodo alucinado nem sempre a qualidade era o que imperava ,o metal ainda tinha muito a amadurecer e isso aconteceria em um espaço super curto de tempo ,bastou o salto mortal evolutivo entre o incio do reinado da pegada tosca mas cativante do venom a chegada do impacto devastador do slayer,pra citar um exemplo.
Os canadenses do Anvil vieram cedo e marcaram seu nome na epoca ,"metal on metal" era um album aclamado naqueles dias ,mas não superaram a evolução absurda que o metal teve pouco tempo depois ,mesmo assim a banda figurou entre a força daquela geração que nascia ,mas foi apagando-se aos poucos da aclamação publica ,o memso eu posso dizer de bandas como krokus,raven,samsom e riot ,só para citar alguns ,ficando um escalão abaixo no ranking da supremacia.
As inumeras trocas de gravadoras ,as diferenças de sonoridade entre um produtor e outro a cada album lançado por eles( 13 ao todo)acabou prejudicando a vida da banda que literalmente reduziu-se a pó ,mesmo que lutando por reconquistar o brilho do passado até os dias de hoje.
Os grandes palcos ,as grandes multidões, reduziram-se a muquifos muitas vezes diante de ninguem para assisti-los ,mas mesmo assim o Anvil seguiu seu caminho com inabalavel fé.
O documentario "Anvil- the history of Anvil" ,partiu da ideia de um roadie que resolveu documentar o dia a dia de uma banda em declinio absoluto e sua tentativa de gravarem mais um disco e manterem-se vivos em nome de um passado.
O resultado é tocante ,avassalador ,genial e vem arrancando elogios rasgados da critica e colocando o Anvil novamente na ativa , abriram a primeira fase da recente "black ice tour" do Acdc, excursionaram com o Saxon ,participaram do the tonight show e nesse mes tocam em varios lugares no japão.
É certo que tudo isso vem impulsionado pela força do documentario e não especificamente pela explosão do som da banda ,embora ele esteja muito mais forte que antigamente,o que vale aqui é que os caras tem uma historia do caralho e isso sim acaba falando muito mais alto que tudo,mesmo que por traz de tudo possa existir um roteiro pra ajudar a nos encantar, metal on metal!!!.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A FANTASTICA TURMA DO JELLYFISH


Indiscutivelmente os americanos do "Jellyfish" foram uma das maiores bandas de power pop dos ultimos tempos ,seu segundo album "Split Milk" é aclamado por unanimidade no mundo de quem sabe do riscado.
Mas o que todos deveriam saber é que a belissima e inspirada sonoridade e genialidade de seus musicos não terminou com o encerramento das atividades da banda após o lançamento do segundo trabalho.
Jason Falkner ,que além de cantor é guitarrista e tambem baixista já lançou 6 albuns extraordinarios que valem a pena ir atras.
O tecladista e também vocalista Roger Manning já colocou na roda 4 discos inspiradissimos .
O baterista Andy Sturmer lançou-se como produtor e compositor atingindo sucesso com a trilha dos personagens animados Puffy AmiYumi além de compor para varios programas do cartoon network.
Seu trabalho ainda contribuiu para dezenas de outros artistas e astros do mundo pop seja na produção ou nos arranjos vocais ,entre eles Ozzy Osbourne.
Caso voce ainda não conheça o Jellyfish e o trabalho de seus membros originais não sabe o que perde.

REGULAR JOHN- BOA DICA AUSTRALIANA



"Regular John" para quem manja sabe que é o titulo de um classico do "Queens of the Stone Age" ,mas também é nome de uma nova banda australiana que não chega a ser um exato filhote da banda de Josh Homme ,mas tem lá suas semelhanças ,o que garante personalidade aos caras no recente primeiro album "The Peaceful Atom Is a Bomb".Interessante.

FEUERZEUG PORRADA GRUNGE MODERNA DA SUÍÇA


"Drive fast and crash!" é o primeiro rebento dessa grande e surpreendente banda suiça ,a Feuerzeug ,um Nirvana envenenado com rifferama metal e um ou outro toque de Bad religion e Social Distortion,muito do cacete!

Santeria- Year of the Knife


Santeria remete bruxaria e também a famosa canção do Sublime ,a banda americana que leva o mesmo nome vai do peso com agressividade moderada ao passear com um "q" mais pop e sem soar nada chato ,um disco bem legal de se ouvir esse "Year of the Knife" ,mais uma banda que tá por ae , esquecida nesse mundão do showbize.

Thulsa Doom- Keyboard, Oh Lord! Why Don't We? , imagine um Bowie Stoner Rock


"Keyboard, Oh Lord! Why Don't We?" é o terceiro album da banda Norueguesa "Thulsa Doom" ,um projeto do guitarrista do Black Debbath, Ole Petter Andreassen.
Mesmo lançado em 2005 ,não custa nada trazer o album a tona ,já que infelizmente só fui descobri-los agora.
Bom,não vou me alongar porque ninguem tem mais saco de ler blogs hoje em dia,mas fica uma grande dica que vai deixa-lo curioso quanto ao disco ,os caras conseguiram a proeza de criar um album com pegada stoner e fortes influencias de David Bowie ,muito,muito interessante.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A FORTE HISTORIA DE ICE T E O BODY COUNT




Em 1992 o rapper americano Tracy Marrow ,mundialmente conhecido como Ice T nos surpreendeu ao estrear com uma banda altamente hard core e pesada chamada Body Count ,o primeiro album deles, homonimo, simplesmente explodiu em minha cabeça na época ,assim como na cabeça de centenas de amigos meus enlouquecidos por pataços como "KKK Bitch" ,"There goes the neighborhood" ,"Winner Loosers" ,"Evil Dick" ,a controversa "Cop Killer" (que foi banida e atacada pela policia americana) entre outras ,deixando-nos a sensação de estarmos diante de algo tão impactante quanto um album classico dos Dead Kennedys ou de um Bad Brains.
Ice T na real leva varios titulos como premio de criador original ,foi o primeiro artista a ser considerado inventor do gangsta rap e tb levou o primeiro carimbo de censura no universo musical ao ter estampado pela primeira vez na historia o selo "parental advisory" na capa de um album ,foi também o primeiro artista a tornar giria a palavra "Nigga".
Hoje é visto como um simbolo cultural ou da contra cultura americana embora esteja mais tranquilo e sereno em sua carreira de ator projetada e assistida mundialmente todos os dias nos capitulos da série "Law and Order" no papel do detetive "Odafin "Fin" Tutuola" .
Essa barra limpa nem sempre foi assim em sua vida ,orfão de pai e mãe com menos de 12 anos de idade não demorou muito para que o jovem Ice T acabasse se envolvendo com o mundo do crime, de pequenos delitos ele logo passou a assaltos e falsificação de cartões de credito até acabar preso .
Logo que solto Ice acabou convidado para cantar rap em uma produção cinematografica e mesmo com certo receio ele acabou topando e o fato transformou sua vida por inteiro ,hoje ele já contabiliza varias participações em filmes entre eles os cultuados "Saqueadores" e "New Jack City" ,um de seus grandes classicos é a musica "Colors" feita para o filme que leva o mesmo nome ,que foi um dos grandes hits da musica rap nos anos 90 junto com Public Enemy e Nwa.
O Body Count surgiu em 1990 , gravou 3 albuns oficials de estudio e um ao vivo ,suas apresentações são todas antologicas com destaque a explosiva aparição no festival "Smoke Out" registrada em dvd ,de onde o grupo quase recusou-se a abandonar o palco tamanha feed back entre banda e publico que exigia que os caras não parassem de tocar ,o que claro ,foi atendido com prazer pela banda para desespero dos organizadores do evento.
Porem a tragédia marcou a vida da banda de maneira cruel com o falecimento de quase toda formação original e classica do grupo ,o primeiro a partir foi o baterista Beatmaster V morreu de leucemia, logo em seguida o baixista Mooseman foi assassinado durante um tiroteio no South Central, de Los Angeles e por ultimo foi a vez do o guitarrista D-Roc vitma fatal de linfoma ,restando apenas Ice t e o guitarrista e compositor Ernie C.
Mesmo envoltos na fatalidade Ernie e Ice tocaram o barco reunindo uma nova formação que estreou na gravação do album e dvd ao vivo "Murder 4 Hire" lançado em 2006 ,de lá para cá ainda não registraram nada novo em estudio e apareceram esporadicamente ao vivo com destaque para a apresentação na festa de 15 anos da Vans Warped Tour em Los Angeles em 2009.
Enquanto a gente espera pela saida da hibernação ou o iminente fim de seu projeto mais cavalar Ice T continua firme e forte em seu trabalho como ator e em seus inumeros esquemas paralelos que incuem de grife de roupas, a Ice-Wear a palestras sobre drogas e violencia outro lance super bacana é o livro que escreveu sobre a censura na musica ,um tratado impactante chamado "The Iceberg/Freedom of Speech...Just Watch What You Say".
Grandes tempos aqueles...

sábado, 23 de janeiro de 2010

REDOMA LEVANTANDO A POEIRA ,UM BATE PAPO COM O GUITARRISTA NUCLEAR





Tarde quente , começo de 2010 ,um ano novo para todos em um planeta terra em transito rumo ao caos explodindo por ajuda, salvação ou redenção dentro de nós, mas seguem-se nossos rumos em novos desafios, novos quadros a serem pintados pela frente sempre em busca de novidades quando meu caminho cruza com o de Nuclear, guitarrista da “boa nova” e surpreendente banda Redoma e com ele divido a tarde entre papos que realçam uma afinidade de luta por estradas que procuram pela revelação de nossa arte e atitude .
A Redoma formou-se em 2004, na capital gaucha, com um trabalho proprio e independente já registrado em um 1° disco produzido por Ray-Z. O equilíbrio de diferentes elementos e criativas soluções musicais livra a Redoma de rótulos. Formada por Cássia (vocal), Nuclear (guitarra/vocal), Duduuh (baixo) e Junks (bateria).
Fruto da geração que emergiu com a chegada do avassalador “Blood sugar sex magic” do Red hot chili peppers e do impacto causado pela cena new metal norte americana a banda vem cada vez mais evoluindo e lapidando seu som e sua personalidade.
Das novas bandas do cenário gaúcho é uma das que mais (e sem que a grande maioria ainda perceba) vem se infiltrando em âmbito nacional de maneira independente e guerreira com direito a clip girando na Mtv e shows fora do estado com o publico em feed-back constante com as letras já na ponta da língua, um reconhecimento que tem atraído convites que já atingiram até a distante Manaus.
O inicio de ano já trouxe uma bela surpresa a eles ao serem escalados para o palco rock dentro da programação dos festivais de verão de Salvador, mas que porém, pelo que nos adiantou o carismático guitarrista não será a primeira das “boas novas” legais que aguardam a banda em 2010 enquanto trabalham encima do segundo disco, é esperar para ver, salta o verbo Nuclear!.

Como surgir a ideia de montar o Redoma?

Nuclear- A idéia de montar a Redoma partiu de mim. É a minha segunda banda.
O Junks (Baterista) e o Klebão (primeiro baixista) vieram da primeira banda que toquei que tinha uma proposta diferente.
Pedi aos meus pais que me colocassem em um colégio X aí por que era intensivo pro vestibular sendo que o real motivo era o festival de bandas. Lá conheci a Cássia (Vocal) o que me fez mudar os planos de vocal masculino e daí surgiu a Hostage, atual Redoma. O atual baixista é o Duduh que ingressou no trabalho no início do 2009.

Isso em que ano?

Nuclear - Deixa eu pensar um pouco...To calculando.
hahahahuahsiuahiuhaiua
março de 2005
ou melhor..
março de 2004
hahauhsusauhauh

O que mais motivou a banda na epoca,sonoramente falando?

Nuclear - Na época, quando ensaiávamos eu e o Junks apenas, tocávamos uns sons do Papa Roach, que tinha acabado de lançar o LoveHateTragedy, e é um álbum que influenciou muito a formação da cara do nosso som. Éramos basicamente influenciados pelo Nu Metal.
Com a entrada da Cássia e do Klebão as influencias se estenderam a Elis Regina, Alanis Morrisete, Alice in Chains....E não posso esquecer daquele que me fez querer tocar guitarra: John Frusciante.

Qual a diferença entre esse Redoma do inicio e o Redoma atual seis anos depois?

Nuclear - A palavra chave que faz qualquer banda ser merecedora de um espaço ou não. A evolução naquilo que sabe fazer.
Saber atualizar o seu som conforme a época sem perder sua raiz e sua identidade. Somos músicos mais maduros, com mais coisas interessantes a dizer e passar pras pessoas. O tempo passa, as coisas passam, mas precisamos mesclar nossas origens com os tempos atuais.
Se não nós passamos, assim como muita banda se vai ,por se tornar algo cansativo e rotineiro.

Qual a tua opinião sobre a escalada que o NU metal teve , quando deixou de ser um estilo de grandes bandas com grandes discos e tornou-se popular ao ponto de ficar um tanto cansativo?
ofuscando o trabalho de ótimas bandas?

Nuclear - Quando a escalada é rápida demais, todos percebem a simples fórmula e essa fórmula nunca se renova, a coisa tende ter validade.
E infelizmente essa validade acaba se refletindo nas grandes bandas.
Poucas bandas, originalmente rotuladas como Nu Metal, souberam se adaptar ou conseguiram se desprender desse rótulo indo pra outros como por exemplo o Ill Niño que hoje em dia está mais puxado pro Metalcore.
Mas é uma tarefa quase que impossível se desprender de um rótulo sem modificar suas raízes e por consequência perder fiéis seguidores.
Papa Roach por exemplo seguiu o caminho inverso se tornando praticamente Emo.
Lá fora eles podem até estarem grandões, mas no Brasil nunca mais teve a mesma repercussão, mesmo eles tendo modificado o trabalho pra o estilo que tá vendendo hoje em dia.
Isso prova que nem sempre a resposta é se vender.

Isso é algo complicado de se lidar quando a banda passa para um status de popularidade ,ela tem dois caminhos,ou mantem-se fiel e arrisca perder um contrato ou tenta enquadrar-se ao momento ,o que pode ser devastador , acho que nesse ponto o fato de ser independente ,como no caso de voces dá essa tranquilidade para uma evolução sem pressões não?

Nuclear - Exatamente.
Seguimos o seguinte conceito: "Somos assim e fim de papo",já sofremos certos tipos de propostas e recusamos por ferir os princípios daquilo que significa a Redoma.
Até calça de couro já nos sugeriram usar.
Mas tem um detalhe...
É diferente uma banda se vender pra chegar ao estrelato e se vender pra se manter no estrelato , se vender pra chegar, é por que a banda não confia no trabalho que gosta ou então não tem mercado que sustente eles da música.
...e nem merecimento pra continuar....

Nuclear - exatamente...o som fica descartável...e se vender pra se manter é pior ainda porque a banda acaba tendo inúmeras facetas e isso tira o crédito de uma banda ao falar de música.
Uma coisa é querer viver de música...outra coisa é gostar de música e querer viver dela.
Gostar de música te faz querer buscar um meio de por pra fora aquilo que existe dentro de si de forma que seja possível as pessoas admirarem e comprarem o teu trabalho.
sem que se precise fazer algo que já tenha sido feito apenas porque é mais certo que aconteça.

Concordo contigo Nuclear, fazer da musica arte é o que define melhor a palavra artista, só os artistas que fazem de seu trabalho tal qual uma pintura seja surreal ou concreta acabam permanecendo...

Nuclear - Sem duvida alguma.

E as diferenças entre as dificuldades de se começar e passar a ser reconhecido?
Como é no caso do Redoma?

Nuclear - O começo é sempre difícil pras bandas de "carne e osso", para as bandas reais.
No nosso caso uma das dificuldades no início foi enfrentar o preconceito em relação ao vocal feminino e as comparações com a Pitty. As pessoas mal informadas acham que pelo fato de ser a mesma formação de banda nos faz ser parecidos.
Eu não dou opinião a respeito, só nos bastidores.
hahahauahsuahauhau
O reconhecimento veio da forma mais pura que uma banda pode ter: tocando
em cima do palco é como se nos transformássemos e virássemos um elo impenetrável.
E a energia que transmitimos fala por si só, nossa proposta, nossa temática, nosso peso no instrumental contrastado ao vocal suave...


No Brasil é normal esse sensacionalismo, o que não é de agora porque muitas bandas realmente vão na onda e nesse jogo outras correm o risco da comparação, mesmo que não faça sentido.

Nuclear – Exatamente, essa mania do Brasil de querer sempre mais do mesmo.
É cada detalhe que faz uma banda...falta o povão acordar e perceber isso.

Tem exemplos de bandas com vocais femininos como o Madame sataan , que mesmo que se tente comparar ,acabam provando seu diferencial no palco, onde a verdade se revela, acho que se encaixa no caso do redoma....

Nuclear - Com certeza.
Por sinal, Madame sataan é uma banda incrível.
Se tu parar pra analisar as bandas com mais de 10 anos de estrada que estão na mídia ainda, elas um dia já foram interessantes...e geralmente no máximo até o segundo ou terceiro cd. Não passam disso...depois, as letras se repetem e o mais grotesco: os acordes também.
Mas...isso é Brasil.
Acho primeiro cd do jota quest genial...
Boas influencias de Jamiroquai,com uma pegada brasileira... o que para o Brasil foi uma grata surpresa.

Nuclear - Cheio de pegadas funk e tudo mais...músicos excelentes que o mercado obriga a fazerem músicas mamão com açúcar depois de um certo tempo.

Mas acaba atrapalhando o fato dos caras entrarem no sistema ....

Nuclear - Exatamente...
Eu confesso que tenho receio de entrar no sistema e um dia ouvir isso pra poder continuar.
Mas só estando na situação, com o momento de cada um pra saber a atitude a ser tomada...
O caminho é cheio da armadilhas que o cara nem sempre se dá conta...

Nuclear É...e quando vê não tem escapatória...é aquilo ou a morte.

Mas voltando ao Redoma , que tem rolado de legal na banda que voce possa nos contar Nuclear?

Nuclear - Muitos planos...
Alguns estamos colocando em prática por baixo dos panos e então ainda não podem ser revelados..
Outros dá pra dar um gostinho como por exemplo termos sido selecionados como atração de fora do estado no Palco do Rock em pleno carnaval de Salvador.
Estamos trabalhando no segundo disco em paralelo e em nosso quarto vídeo clipe.
Estamos nos organizando melhor, afinal, uma banda precisa de organização.
Bandas excelentes acabam por falta de organização e planejamento enquanto outras nem tão boas acabam conseguindo coisas boas apenas com esses 2 intens.
itens*

Como e quando começaram a rolar os convites para ultrapassar as fronteiras do nosso estado?
E como tem sido a recepção disso?

Nuclear - Convites sempre existiram..o que faltava era a parceria.
As pessoas convidavam como se fossemos banda da cidade esquecendo da distância envolvida.
A recepção acaba sendo muito melhor do que imaginamos...
Não temos a mínima idéia de como as pessoas nos conhecem....acabamos nos surpreendendo. O povo canta as letras junto conosco.
É uma sensação incrível e impagável.

Até onde voces já foram ?

Nuclear - Por enquanto até o Rio de Janeiro...

Qual o lugar onde voces mais acharam inacreditavel ter uma repercussão?

Nuclear - Eu uso o próprio Rio de Janeiro como exemplo porque o pessoal se tornou muito fiel....e outra...é uma cidade que tu acaba imaginando que o Rock não existe...e existe sim.
Agora as expectativas estão concentradas em Salvador....tocaremos pra um público estimado de pelo menos 6 mil pessoas...queremos expandir cada vez mais...
há pessoas querendo nosso show em vários cantos...Minas, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná...São Paulo...Até Manaus...
Mas é difícil conciliar vontade com realidade..
As pessoas tem receio de investir...e é até compreensível.
Mas 2010 será diferente com toda a certeza do mundo.

A gente vive um momento muito fechado para o rock ... os cenarios estão trancados em seus estados e agarrados apenas em grandes festivais independentes ,as casas que antes apostavam em rock , hoje possuem publico para dj's , funk, pagode, sertanejo universitario , casas que outrora foram templos para shows de rock, hoje não são mais , como voce ve nosso cenario hoje em dia?

Nuclear - O cenário, ao menos em Porto Alegre, funciona da seguinte maneira: "Tal banda é legal, mas eu tenho vergonha de admitir que gosto daquela banda porque eu não gosto do guitarriista, então eu vou fazer de conta que não gosto, vou falar mal e não irei aos shows"
Rola muita separação e richas em uma cena que não está tão forte e isso piora uma situação já difícil.
O brabo do cenário no RS é que ele sempre passou a imagem de um estado roqueiro em um nível de diversidade sonora mais ampla...porém o que se vê hoje em dia na cena acaba sempre comparado e limitado ao Rock Britânico e é assim que muita gente nos enxerga hoje em dia quando vistos fora daqui.
É um bairrismo insuportável.
Mas eu acho que o fato de sermos algo inesperado vindo do RS acaba nos ajudando muito mais do que atrapalhando...

Exatamente o eu estava pensando enquanto voce falava, nos anos 90 houve um cenario forte no RS , justamente por ser diferencial,a Graforreia xilarmonica se diferenciava dos Acústicos e valvulados que eram diferentes da Tequila Baby, que eram diferentes da Ultramen, que eram diferentes da Maria Do Relento ,do Wander Wildner, que era diferente da Bandalheira, que se diferenciavam do pop de personalidade feito pelo Papas da Língua, pelo Nenhum de Nós ,pelo Cidadão Quem que por sua vez não tinham nada em comum com o Power pop da Bidê ou balde ou entre o psicodelismo do Júpiter maça.

Nuclear - Exatamente...essa década foi muito foda...diversidade....
e eu costumo dizer o seguinte...enquanto a moda é o emo, no RS a moda é achar que mora em Londres e agir como tal...
Virou uma forma de se encaixar em um grupo...saca?
As pessoas são livres pra fazer o que quiserem, sem dúvida alguma...mas é aquela coisa, seja natural.
O que te chama atenção hoje em dia no rock gaucho e em ambito nacional?

Nuclear - Em ambito nacional o que mais me chama a atenção no momento é outra banda Underground que é nossa irmã...Ponto Nulo no Céu.
Tocamos junto no RJ...puta banda competente e de muitíssima qualidade.
No Rock Gaúcho eu citaria um power trio de meninas chamado Stella Can. As mina mandam muito bem.

Hoje se voce pudesse escolher cinco bandas a nivel mundial , contando todas as epocas para dividir o palco com elas quais seriam ?
Pergunta q gosto de fazer,hehehe...

Nuclear- e vou ter um enorme prazer em responder!
P.O.D., Red Hot Chilli Peppers, e as outras 3 tá difícil!
Uma banda que o Junks me apresentou Tower of Power...
to quebrando a cabeça nas outras 2...Limp Bizkit...
E para fechar acho que Led Zeppelin seria uma boa pedida.

Cara, uma pergunta mais descontraida, sempre teve toda uma especulação sobre que banda de fato inventou o heavy metal, uns falam em Blue cheer, outros dizem que o primeiro riff de rock pesado estava na canção "You really got me" dos kinks ,que gravou a musica com o ampli estourado,outros tem o Sabbath como os pais do gênero ou citam o Cream, o Deep Purple, o Hendrix, o Led... na tua opinião quem inventou o heavy metal?

Nuclear - Bah cara...é uma responsa tão grande opinar sobre isso e eu acredito que não tenho o aval pra afirmar algo.
Eu penso que assim como o Blues num todo deu origem ao Rock, todas estas bandas somadas contribuiram...

Muito boa sacada...

Nuclear - Não adianta fazer o primeiro riff pesado e ficar por ai...quanto mais seguidores e mais pessoas tu influencia, mais consolidada fica a idéia...
Mas não graças ao primeiro passo e sim graças a todos os passos que foram dados em conjunto com outras bandas...eu penso dessa forma.

Qual foi a primeira banda de rock que marcou na tua vida?

Boa pergunta.
Vejamos...
eu comecei a gostar de Rock Com Red Hot...
Na época do Blood Sugar Sex Magic ,foi muito clássico para mim.

Digamos que ae esteja a base do redoma com as devidas somas que o tempo coloca...

Nuclear - Exatamente.
John Frusciante pra mim é Rei...e sabe por que?
Ele não é o cara mais rápido na guitarra nem o cara mais afinado nos backings, muito pelo contrário...o "charme" dele, digamos assim, está exatamente nessas desafinadinhas nos backings e os solos simples e as vezes tb desafinados....porque eles estão carregados de feelings...e é isso que eu admiro em uma música...o que há de sentimento naquilo...e o cara é o meu espelho e ninguém toma esse lugar por nada.
Admiro inúmeros guitarristas, mas ele é “o cara” pra mim porque eu realmente me identifico com a história, composições e riffs.



link da redoma

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

LONELY H - SIMPLESMENTE ÓTIMOS!!!



Outra banda que mesmo na ativa desde 2000 ainda não caiu no descobrimento geral da nação.
Esses caras da Lonely H são simplesmente brilhantes ,formado por Mark Fredson (Vox, Keys), Eric Whitman (guitarra), Ben Eyestone (bateria) e Johnny Whitman (baixo) eles promovem um rock de pegadas sulistas com pitadas de folk ,soul e hard setentista de primeira linha ,o que aos mais novos pode lembrar momentos do inicio do Kings of Leon aos mais antenados lembrarão os belissimos tempos de Bob Seger ,Bruce Sprinsgteen e Neil Young ,tudo feito com muita inspiração e toque estradeiro para "easy rider's" nenhum colocarem defeito.
Já lançaram tres grandes discos "Kick Upstairs" (2006)","Hair" (2007) e o novissimo "Concrete Class" (2009)pratos cheios para quem curte qualidade e bom gosto.

my space lonely h

SIKAMOR ROONEY UMA DAS GRATAS SURPRESAS DA NOVA CENA MUNDIAL




As vezes o cara se depara com coisas que realmente saem do lugar comum nesse mundo da musica e fica um tanto perplexo com a nova descoberta e esses americanos da Sikamor Rooney são um belo exemplo disso.
Na real a banda não é nova,está na estrada desde 2004 ,mas muito,muito pouco mesmo se fala nela ,pois bem ,vamos aproveitar o espaço e falar.
Trata-se de um power trio de Nova York ,que já jogou na roda dois ep's chamados "Love Hates", "CYG" e um recente album homonimo carregado de inspirações sessentistas da melhor qualidade que vão de Kinks a Velvet underground ,se voce ouvir a canção "Susana" vai acreditar que está dentro de um disco do Velvet .
A historia dos caras começou como banda de um homem só no projeto "Low Flyng Jet" do guitarrista Brad York e aos poucos foi tornando-se um grupo oficial com a entrada de Anthony Chick e Jeff Plate e a troca do nome do projeto para Sikamor Rooney ,resgatando algumas sobras do "Low Flyng Jet" .
A banda começou a se destacar quando participou de um programa transmitido em rede mundial ,o 'Playboy TV's Around the World in 80 Babes" e a partir dai abriram varias apresentações de bandas em evidencia como os fenomenais "The Parlor Mob","supersuckers","Gay Blades, entre outros ganhando cada vez mais evidencia no cenario underground ,agora é esperar para que o hype os descubra ou não ,por enquanto eles estão naquele climão de cair na estrada, com a familia dando uma mão, curtindo as farras e bebedeiras de todo bom inicio e canalizando cada vez mais a energia para a evolução de seu som, que fica já bem evidente nesse primeiro trabalho deles ,vida longa ao Sikamor Rooney.

my space sikamor rooney

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