sábado, 8 de novembro de 2008

CONTOS DO NINO LEE -DANTE LONGO ROCK'N'CIGARRETS

DANTE LONGO(ROCKNROLL CIGARRETES)


O tal do Markus eu acabei conhecendo nas minhas idas diárias
ao “Boteco do Cebola” , já que o figura ta sempre lá filando um cafezinho ou um repolho, o cara vivia me olhando
esquisito até que um belo dia arriscou perguntar se eu não
era o NINO .-Ele mesmo,afirmei.O sujeitinho acabou se
soltando afirmando que era um grande amigo do KAKO e
desatou a narrar uma de suas aventuras com meu irmão na praia
da Jaguaruna,principalmente sobre um porre homérico que o
KAKO tomou em uma festa na casa do japonês,coisa que me
pareceu ter sido um dos melhores momentos na vida do
cara,tamanha era a emoção do cara em me contar aquilo.
O Markus dizia ter ido a vários shows naquela época ,desde o
tempo da QUAL(a primeira das banda que estive e que meio que chegou a fazer m nomezinho), mas confesso que não conseguia me lembrar da
cara do cara.
A pinta me pareceu ser um cara legal,até por que o BADU não tem aparecido em função daquele pé fudido dele.Eu to sentado de novo na frente da minha casa ,mas hoje não tem mendigo chique, nem cerveja amiga ,mas o disco do Nenhum ta tocando na vitrola, até porque ontem eu fui a um show deles
numa cidade próxima de Tubarão matar a saudade de estar no
centro do agito e rever a brodagem.
Quem me levou foi o Markus e na uma hora e pouco de viagem ele ia me narrando ,de novo,aquela historia com o KAKO na praia da Jágua,e o pior eh
que nem o KAKO lembra da cara do cara.
O Dante longo(por que ele não lança uma marca de cigarro com esse nome?)manager do NENHUM ,roubou o show ,se ele ficasse parado no palco sem fazer porra nenhuma já valeria o preço do
ingresso , simplesmente por ter a cara que ele tem, e garanto
que as pessoas aplaudiriam de pé (até por que não tinha
cadeira no clube) assim como aplaudiram o NENHUM.O negocio eh
que o Dante tava com uma cara meio Einstein , meio Ronnie James
dio, meio doido varrido e no topo da cabeça ta abrindo uma
clareira que eh show de bola. A estética então nem se
fala...meio maltrapilho com um cacuete de ficar esfregando os
dedos freneticamente no nariz...o Maximo, alucinante .Eu ,nunca
quis ser o Jonh Malchovich eu queria era ser o Dante e entrar
dentro daquela cabeça por um dia inteiro, 24 horas assumindo
seus comandos e assim eu atenderia a todos os telefonemas que
eu faço pra ele e que o maluco nunca atende. Aproveitaria e
gravaria um mínimo que fosse daquele arsenal de cds ,livros e dvds que ele tem(acho q é o maior acervo de Porto Alegre)e mandaria tudo pra mim mesmo aguardando, ansiosamente a chegada da encomenda pelo correio
alguns dias depois.
Puta que pariu o camarim do NENHUM tava forrado ,comi pra caralho, tinha um buffet de queijos e frios que eu nunca tinha visto na vida, e até aproveitei pra levar umas goiabas e uma pêra que mais parecia uma melancia .
Alias, no camarim da Maria a gente vivia fazendo
isso, afinal não era tudo pra gente?
O Jazzner era o maior ladrãozinho de sobra de camarim que existia,acho que o bicho se alimentava daquilo a semana toda por ser um mão de vaca tremendo ,o Jazzner eh COOL pra cacete.
O problema era descobrir quem tinha surrupiado a caixinha de bombons pra devorar na larica da volta da viagem, um palpite?
A noite passou, grogue de tanta ceva e embuchado de tanto queijo
adivinhe que historias ainda tive da ouvir da boca do MARKUS
durante a viagem de volta?
O pior eh que naquela altura do campeonato nem eu mais me lembrava quem era aquele cara ali contando aquelas historias,e mais do que pior era ainda o
fato de não ter sobrado nenhum DANTE LONGO pra fumar quando
chegasse em casa,tive de me contentar com aquele
“HILTON CURTO MATARATO PREGO NO CAIXÃO CIGARRETES”

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