sexta-feira, 27 de maio de 2011

Noite do Quarteto fantástico - Sigma 7 e django y Los Basterds, entrevista com "Marat", mestre de cerimonia linha de frente da Django

* E ae Marat o que deu na telha de reativar o velho Django y los bastards?

A Django foi um dos projetos de banda côver mais afudê dos últimos 6 anos no sopé da Serra. Mesclava o pub rock com glam, pitadas de brasilidades nervosas com algo do rock clássico. Eu me sentia livre cantando em altos brados aquelas 'podreiras'. E como sou um cara naturalmente cínico e provocativo, era excitante a ideia de ver narizes torcidos para o fato...
... de tocarmos um rock vestidos de pedreiros ou jogadores de bola de favela dos anos 70. Tipo, porra, não é, pros padrões do estilo, algo a se pensar. Mas dessa forma queríamos mostrar que...
... o rock é universal e que qualquer um, com qualquer nível de instrução, poderia ser tocado por um Stooges, por exemplo. Seria do caralho ver um peão de obra sacudindo as gadeias ao som de MC5 ou algo que o valha.


O  que mudou no velho Marat de bermudas e  camisa do falmengo no palco para o Marat dessa versão atual da banda?



Tchê, mudou algo, talvez. Mas não organicamente. As vestes estão mais adequadas a uma característica mais sensual da banda, o que se pensarmos bem, no nosso caso, é tão estapafúrdio quanto usarmos a indumentária canteiro-de-obras.

Mas a cantoria talvez esteja até melhor. Acho que não alcanço as notas mais altas da mesma maneira, mas o repertório nem prioriza mais tanto a gritaria. Acho que a banda tá até mais cadenciada com essa formaçaõ de hoje. Podemos fazer menos barulho sem perder a porralouquice.





*Quais são as influencias que hoje a Django HOJE  tem e que na antiga formação nao tinha?

 
Música moderna. Testamos Supergrass, Foxy Shazam e até Michael Jackson, que se não é moderno, pelo menos é algo que se encaixa dentro do adjetivo "Bastard". Ainda estamos vasculhando a colcha de retalhos que é o rock, e pode ser que apareça até Beach Boys nessa história. Mas insisto: a banda tem um nível de interpretação do Rock que não nos permite muito enfeite. É um show de informação, mas que..te faz dançar, como em 2005.
Tchê, os Basterds são uma banda que entende o Rock da maneira que Iggy Pop certamente o fez. O repertório é feito para que as pessoas dancem e se informem, e para isso usamos Bowie, Stooges, Dictators, T-Rex, Slade, LobÃo, Ramones e Pistols. E abrimos espaço para Cascavelettes (que nunca sei se é com dois L ou dois T), Supergrass e Legião em sua fase mais punk. Mas não é um show punk. Ou é:
 tocamos Punk com jeito de banda de Rock e o Rock tradicional com um estilo Punk. Deve ser isso... nunca parei pra pensar muito. Só junto o microfone e solto a goela



*A pourralouquice se concentra exatamente onde?


Quando criamos o adjetivo "Bastard", sabíamos que era uma palavra que faltava pra nossa turma. Desde um jeito de tocar mais insano a uma postura de palco sem muitos limites, acho que conseguimos abarcar 'porralouquice' e 'bastard' quase num mesmo conceito. Mas tem diferença: quando me jogo no palco é 'porralouquice'. Se visto leio a letra da música e ainda mostro pro público em que parte estou...
é 'bastard'. Não acho que só eu seja parte do show. Nunca fui. Olho pros lados e fico tranquilo, pois tem bons músicos na banda. Bons? porra, esses merdas são do caralho!


Q que mudou no velho Marat de bermudas e  camisa do flamengo no palco para o Marat dessa versão atual da banda?



Tchê, mudou algo, talvez. Mas não organicamente. As vestes estão mais adequadas a uma característica mais sensual da banda, o que se pensarmos bem, no nosso caso, é tão estapafúrdio quanto usarmos a indumentária canteiro-de-obras.

Mas a cantoria talvez esteja até melhor. Acho que não alcanço as notas mais altas da mesma maneira, mas o repertório nem prioriza mais tanto a gritaria. Acho que a banda tá até mais cadenciada com essa formaçaõ de hoje. Podemos fazer menos barulho sem perder a porralouquice.

 

*E entre ser o Marat na desvio padrão e o Marat no Bastards ?



São criaturas certamente diferentes. Diametralmente, quase, a não ser pelo cinismo eterno. Na Desvio, o trabalho é delicado, sério. Gosto de ter um microfone por perto para poder comentar algo ou retrucar o Ricardo, uma coisa meio irmãos Gallagher; tão natural quanto, acredite. Só que não gosto de cantar na Desvio. Me sinto preso, quase acuado.
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Prefiro me prender ao contrabaixo mesmo...
Nos Bastards, me sinto esquisito tocando algo, embora em três ou quatro músicas eu toque guitarra e baixo. Ali, a coisa é tão única que fico feito um guri que recém aprendeu a pegar numa guita. Prefiro a voz, saindo ela afinada ou não.





*E quanto ao show do dia 4 ,que certamente poderia ser descrito como um show oficial do retorno, o que podemos esperar da django y los basterds?



Tivemos um show preparatório no ano passado e vários outros em pequenas aparições. Todos muito confusos, doidos, sem propósito certo. Bem como são nossas cabeças. Mas o do dia 4 talvez seja, de fato, o primeiro grande show da banda em sua breve história (começamos em 2005, terminamos em 2006 e voltamos ano passado). Podem esperar um show de verdade, com figurino escolhido e músicas que...
por incrível que pareça já nos caracterizam. E às favas quem acha que show de Rock não é baseado em imagem. Quando um cara decide deixar crescer o cabelo é porque quer ficar que nem mulher? Porra, a gente gosta pra caralhos do que tocamos e vamos mostrar como isso pode ser divertido. Não engraçado: divertido.



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